O procurador-geral do Ministério Público de Contas, Geraldo da Camino (à direita na foto, com Gabriel Souza), voltou a reclamar do que chama de “caixa-preta” da Secretaria da Fazenda. Disse que o governo oculta dados ao Tribunal de Contas, alegando respeito ao sigilo fiscal, mas assinou contrato com o Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade (PGQP) estabelecendo que os consultores e até estagiários que tiverem acesso aos dados secretos terão o compromisso de preservá-los.
– O guardião do sigilo é o Estado, não a Fazenda – argumentou.
Subsecretário da Receita Estadual, Mario Wunderlich defendeu os procedimentos e disse que os dados fornecidos aos técnicos do PGQP são “mascarados”, sem nome e sem o CNPJ das empresas.
Representantes dos auditores fiscais reclamaram da falta de pessoal e defenderam a nomeação dos aprovados no último concurso. O argumento é que cada auditor recupera, por ano, R$ 60 milhões para os cofres públicos.