ÁREA RESTRITA    
Login    Senha   
Página Incial
Técnicos Tributários participam de assembleia conjunta dos servidores públicos
Em coletiva de imprensa, Afocefe apresenta proposta para Estado superar acrise
Afocefe apresenta ao presidente da Assembleia Legislativa estudo que aponta saída para crise
NEWSLETTER
Assine a newsletter do AFOCEFE Sindicato e receba notícias por
e-mail:
Nome:
E-mail:
Notícias

Estados ampliam fiscalização sobre ICMS na fronteira

12/11/2015

Tributação: Empresas vão à Justiça para liberar mercadorias retidas


Marta Watanabe | De São Paulo


A substituição tributária, a nota fiscal eletrônica e as diversas iniciativas para garantir arrecadação sobre as vendas pela internet levaram a um aumento na fiscalização do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na entrada de mercadorias nos Estados, principalmente do Norte, Nordeste e Centro Oeste. O resultado é um maior número de caminhões parados nas fronteiras e o consequente atraso na entrega de mercadorias. Em alguns casos, isso tem levado as empresas ao Judiciário para liberação das cargas.

Mecanismos como a substituição tributária fazem, na prática, com que a mercadoria atravesse o limite estadual precisando comprovar o recolhimento do imposto no Estado de destino. Por isso, a sistemática antecipa a fiscalização no momento de entrada do produto no Estado. Da mesma forma, a cobrança de ICMS sobre vendas eletrônicas e a nota fiscal eletrônica estimulam a averiguação de documentos e produtos nas fronteiras.

A Bahia, por exemplo, instituiu a cobrança do imposto sobre vendas eletrônicas a consumidores localizados no Estado em fevereiro. Nos primeiros 18 dias do mês, já emitiu 189 notificações para empresas pontocom, no valor total de R$ 451,8 mil. Ao mesmo tempo, cresce o número de empresas que foram ao Judiciário atrás de decisões para garantir o livre trânsito dos produtos vendidos por meio eletrônico. As Lojas Renner, a B2W (que reúne Submarino, Lojas Americanas e Shoptime) e a livraria Saraiva conseguiram liminares.

Fabio Brun Goldschmidt, do escritório Andrade Maia Advogados, que representa a Renner e a Saraiva, lembra que a retenção de mercadorias é um recurso muito utilizado pelos Estados como forma de recolhimento do imposto. Esse tipo de medida é reavivada periodicamente, o que tem acontecido com a cobrança de ICMS sobre vendas eletrônicas. "Chegamos a ter apreensão de livros, que é uma mercadoria imune de ICMS", diz o tributarista. Segundo ele, o escritório entrará na próxima semana com mais duas ações sobre o assunto.

Cláudio Meirelles, superintendente de Administração Tributária da Fazenda da Bahia, conta que o Estado tem apostado fortemente, desde o início do mês, na cobrança do imposto nas vendas da web. Segundo ele, apesar das ações judiciais, algumas empresas já se dispuseram a pagar o ICMS cobrado pelo Estado da Bahia.

Para Victor Gomes, tributarista que representa a B2W na ação contra a cobrança de ICMS sobre vendas pela internet, a dificuldade dos grandes varejistas nas barreiras é mais ampla do que a substituição tributária. "Praticamente toda semana pedimos liberação de mercadorias no Judiciário para clientes varejistas", diz ele.

A fiscalização que origina a barreira à mercadoria, afirma o advogado, vai desde a diferença de interpretação sobre operações que devem ou não ICMS ao Estado de destino até questões como erros formais na documentação que acompanha a mercadoria. Segundo Gomes, a fiscalização de barreira é mais intensa no Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

Meirelles explica que a nota fiscal eletrônica tem ajudado a aperfeiçoar o monitoramento na entrada de mercadorias. Ele lembra que os Estados do Nordeste são eminentemente consumidores. A Bahia, diz, compra 75% de seu movimento comercial do Sul e Sudeste, o que justifica a preocupação constante na fiscalização de ICMS na entrada da mercadoria.

Em Pernambuco, a nota fiscal eletrônica também tem feito diferença nas fronteiras, assim como a substituição tributária. Segundo a Secretaria de Fazenda, em dezembro de 2010 a arrecadação do Estado foi de R$ 878 milhões, sendo R$ 112 milhões referentes à substituição tributária e R$ 164 milhões resultado do imposto recolhido antecipadamente na fronteira. Do valor relativo à antecipação, R$ 32,5 milhões foram viabilizados pela nota fiscal eletrônica.

Júlio de Oliveira, do Machado Associados, lembra que a substituição tributária, que antes gerava consultas residuais ao escritório, representa hoje 40% das consultas tributárias que chegam à sua mesa, o que inclui os problemas gerados pelo regime na fronteira dos Estados.


Fonte: Valor Econômico


VOLTAR
Print

Em construção

Rua dos Andradas, 1234, 21º andar - Porto Alegre/RS - CEP 90.020-008
Fone: (51) 3021.2600 - e-mail: afocefe@afocefe.org.br