Abrindo a instalação da Frente, De Martini apontou que, somente este ano, o Brasil vai perder R$ 500 bilhões em sonegação de impostos. No Rio Grande do Sul a evasão fiscal chega a R$ 7 bilhões,segundo dados do Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz). Com esse valor o Estado pagaria 12 meses da folha de todos os servidores ativos do Poder Executivo. ''O combate à sonegação é premissa para o Estado elevar a receita sem aumento da carga tributária e promover a justiça fiscal'', disse o presidente do Afocefe.
O coordenador da Frente afirmou que a primeira ação do grupo de trabalho, que reunirá deputados e técnicos de órgãos de controle, será uma carta aberta pedindo maior presença da fiscalização, controle das fronteiras, reativação dos postos fiscais que foram fechados e nomeação dos aprovados nos concursos da Receita Estadual. O documento será entregue ao Governo do Estado, Ministério Público, Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas e à presidência da Assembleia Legislativa.
Também serão realizadas caravanas aos seis postos fiscais em funcionamento e aos dez que foram fechados, para a elaboração de um dossiê apontando o papel de cada unidade de fiscalização e os prejuízos ao Estado com a falta de fiscalização.
A frente também apresentará projetos de lei que beneficiem o aumento da fiscalização e o controle das mercadorias que circulam no Estado.
''Estas medidas podem evitar que o Estado tenha novo aumento de impostos. Várias tentativas já foram implementadas por diferentes Governos para superar as dificuldades financeiras, e nunca se encontrou um resultado efetivo. A saída para a crise passa pelo combate à sonegação'', afirmou o deputado Juliano Roso.