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Mais de 90% dos eleitores do Estado rejeita o aumento de ICMS

04/09/2015
Sondagem encomendada pela Fiergs aponta que 73,2% dos gaúchos não acredita que a medida possa resolver a crise financeira
JOÃO MATTOS/JC
Prédio da Fecomércio-RS exibe faixa gigante contrária à tributação
Prédio da Fecomércio-RS exibe faixa gigante contrária à tributação

Uma pesquisa de opinião, encomendada pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), constatou que 91,7% dos eleitores gaúchos rejeitam a aprovação da proposta de aumento do ICMS pela Assembleia Legislativa. O levantamento, realizado pelo Instituto Methodus, entre os dias 28 de agosto e 1 de setembro em 20 munícipios, ainda aponta que a maioria dos entrevistados (73,2%) não acredita que a medida ajudará a resolver a crise financeira do Estado.

Na avaliação do presidente da Fiergs, Heitor Müller, além da contundência das manifestações contrárias, o que mais surpreende é o nível de interesse da população sobre o assunto. Isso porque a sondagem apurou que 73,5% dos gaúchos relataram ter conhecimento acerca do tema. “Essas pesquisas obedecem uma metodologia técnica e que prevê abrangência de todas as regiões do Estado. Realmente, surpreendeu, eu diria que até positivamente, os níveis de acompanhamento e conhecimento da população”, comenta.

Segundo o dirigente, quando analisadas as demais perguntas, que envolvem as consequências de uma eventual elevação de alíquotas, os percentuais tendem a caminhar sempre na mesma direção. Ou seja, uma rejeição massiva da proposta apresentada pelo executivo gaúcho.

Neste contexto, 75,5% dos entrevistados dizem que medida não estimulará o crescimento da economia estadual. Pelo contrário, caso o projeto seja aprovado pelos deputados estaduais, 73,8% acreditam que a atividade econômica será prejudicada e 76,6% constatam condições para ampliação da perda de competitividade das empresas. Por isso, 86% das pessoas já teme o aumento da inflação e 88,3% indicam preocupação quanto ao aumento do desemprego.

“Muitas vezes se acredita que as pessoas não acompanham o noticiário econômico e político, mas isso não se confirma. Até porque já existe diminuição do poder compra e um aumento real do desemprego. Esse fatos arruínam a confiança das pessoas. Agora, a sondagem mostra que pior do que a realidade é a perspectiva para o futuro”, comenta.

A pesquisa divulgada no momento em que uma extensa coalizão de entidades patronais e sindicais – como a Fecomércio-RS, Federasul, AGV, CUT-RS, FCDL, Sindilojas, OAB-RS, entre tantas outras –, se une para pressionar o legislativo gaúcho reforça a percepção de que aumento dos impostos não se resume ao universo empresarial. “Quem tem a ingrata missão de demitir é a indústria e a empresa. E é difícil e doloroso ter que dispensar funcionários. Queremos sempre produzir mais e aumentar a base de empregos. No entanto, quem paga a conta, duplamente, é própria sociedade”, assegura. 

O dirigente lembra que, se o ICMS for elevado, o repasse dos custos em cadeia chegará diretamente ao consumidor final e afetará em cheio as estatísticas de emprego. Por outro lado, Müller, constata que a força política para a derrubada do projeto ainda é de difícil interpretação. “Há uma crise econômica aguda e uma crise política que depende de pessoas. Na economia, se o governo adotar certas medidas, é possível contorná-la em médio ou longo prazo. Mas, quando entramos no campo político, tudo pode acontecer. Não há como saber o que se passa na cabeça de alguns líderes políticos do Estado e do País”. 

(Fonte: Jornal do Comércio, 04 de setembro de 2015)

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