Na reunião foi realizada uma análise da conjuntura econômica regional e traçadas as perspectivas e efeitos perversos que medidas como o aumento de alíquotas, a ser encaminhada pelo Executivo gaúcho ao Parlamento, podem produzir na economia, reduzindo a atividade econômica.
Foi debatida também a contribuição que os Técnicos Tributários podem oferecer ao Estado para superar a crise de receita e a convergência dessas propostas com as defendidas pelos executivos das empresas e de diversas organizações e associações que debatem o tema, como o IDESF, o ETCO e outros movimentos de defesa da concorrência e do consumidor.
O Afocefe defende que há alternativas para o Estado enfrentar as dificuldades financeiras, sem precisar aumentar impostos. ''As fontes tradicionais de receita não estão esgotadas. Aumentar a arrecadação por meio da fiscalização é o caminho'', disse De Martini.
Fernando Bomfiglio falou sobre a representatividade do setor fumageiro na economia gaúcha, a queda de produção no setor e as dificuldades enfrentadas, como o agravamento da concorrência desleal do comércio ilegal de cigarros (o contrabando passou de 22% em 2011 para 43 % em 2014, com projeção de evasão fiscal entre 4 e 5 bilhões em apenas um ano) e a elevação recente da carga tributária para as empresas nacionais do setor. ''O tabaco é produzido em 246 municípios do Estado, sendo que 300 mil gaúchos dependem economicamente desta atividade'', afirmou.
O executivo da Souza Cruz manifestou interesse em dar continuidade às discussões sobre o tema e realizar um trabalho em conjunto com o Afocefe e outras entidades e órgãos de controle visando a defesa das empresas e da economia gaúcha.