Representantes dos servidores do Estado foram recebidos pelo chefe da Casa Civil, Márcio Biolchi, no fim da manhã desta segunda-feira (3), após uma série de manifestações contra o parcelamento de salários. Depois do encontro, que durou aproximadamente meia hora, no Palácio Piratini, em Porto Alegre, os trabalhadores prometeram novos protestos.
Presente ao encontro, o presidente da Federação dos Servidores Públicos (Fessergs), Sérgio Arnoud, disse que nenhuma alternativa foi apresentada na reunião.
“O nosso alerta, que deixamos ao governo, é que a situação tende a se agravar, o descontentamento vai crescer e, nos próximos dias, o enfrentamento será muito maior”, avisou.
Já o chefe da Casa Civil afirmou que as manifestações são legítimas, e justificam ações que serão propostas nos próximos dias.
“Na medida do possível, ouvi-los é para trazer um pouco desta inconformidade para dentro do governo, é combustível para que achemos alternativas equilibradas e sustentáveis politicamente”, argumentou, se referindo às propostas que serão encaminhadas à Assembleia Legislativa até o fim desta semana.
No chamado “ajuste fiscal fase 3”, o Piratini deve propor aumento de impostos e reestruturação de carreiras públicas.
Nos próximos dias, as entidades que representam os servidores planejam reunir um número maior de manifestantes e discutir a possibilidade de uma greve integrada no dia 18 de agosto.
Dia de protestos
Desde o início da manhã, centenas de pessoas caminharam pelas ruas da área central da cidade, chegando até o Piratini. A manifestação terminou após a reunião com o governo.
Em outro ponto, em frente ao 9º Batalhão da Brigada Militar, na Avenida Praia de Belas, familiares de policiais impediram a saída de viaturas.
Também há protesto de professores em parte das escolas estaduais, que não tem aula.