O presidente do Afocefe, Carlos de Martini Duarte, afirmou que mesmo diante da grave crise financeira, de chegar ao ponto do Estado não cumprir com o pagamento da folha do funcionalismo, prejudicando a prestação dos serviços públicos e colocando em risco a segurança da população, o Governo não toma uma só medida no combate á sonegação. Ao contrário, prefere atingir 200 mil servidores do que atacar os sonegadores e contrabandistas. ''Hoje os sonegadores estão sorrindo. A política deles está dando certo'', disse De Martini.
O presidente do Afocefe afirmou que o Rio Grande está arrecadando muito menos do que pode, já que perde R$ 7 bilhões ao ano com a sonegação e R$ 500 milhões de ICMS ao ano com o contrabando. ''As fontes tradicionais de receita não estão esgotadas. A falta de fiscalização, com o fechamento de dez postos fiscais e 60 turmas volantes, criou corredores de sonegação, deixando caminho livre aos sonegadores. Só em isenções fiscais o Estado perde 13,1 bilhões. A situação financeira está ruim por quê?'', questionou De Martini. A posição do Afocefe foi defendida pelas demais entidades representativas das categorias dos servidores.
O chefe da Casa Civil, disse que não há como dar uma resposta imediata e que lamenta a situação do Governo ter que parcelar salários devido a falta de recursos.'' É legítima esta mobilização, já que a reivindicação não é por aumento de salário mas sim para o Estado cumprir sua obrigação de pagar em dia seus servidores. Não estamos provocando o enfrentamento. O Estado precisa dos servidores. Vou levar as manifestações e relatar o sentimento expresso pelas entidades ao governador'', afirmou.
Biolchi disse ainda que o Governo quer iniciar uma agenda diálogo com todas as categorias.