Servidores enviam carta ao Governador pedindo combate á sonegação
06/07/2015
Sindicatos alertam para a perda de quase R$ 14 bilhões anuais com a sonegação fiscal
Os servidores públicos estaduais apresentaram nesta sexta-feira uma série de medidas para a crise econômica do Rio Grande do Sul. Reunidos na sede do Cpers, as entidades sindicais (Fessergs, Ugeirm/Sindicato, Associação dos Delegados, Cpers e Ajuris) apresentaram a Carta de Porto Alegre com sugestões para o combate à crise como a intensificação da fiscalização sobre os sonegadores de impostos, O documento alerta ainda sobre os prejuízos de se governar com arrocho salarial.
O texto ainda afirma que o crime de sonegação acaba refletindo em cortes em áreas essenciais como saúde, educação e segurança pública. De acordo com as entidades, o Rio Grande do Sul deixa de arrecadar cerca de R$ 13,9 bilhões ao ano com a isenção fiscal. A Carta de Porto Alegre destaca ainda que a suspensão de concursos públicos e nomeações de servidores são sentidas pelos gaúchos com a falta de professores nas escolas e de policiais na área da segurança pública.
O presidente da Fessergs, Sérgio Arnoud, disse que o Estado precisa ter servidores bem remunerados e que possam trabalhar com qualidade. “Não podemos a cada mês ficarmos com essa insegurança com relação ao recebimento dos nossos salários”, ressaltou.
A presidente do Cpers/Sindicato, Helenir Aguiar Schürer, afirmou que o plano número um da gestão do governador José Ivo Sartori é combater a sonegação fiscal. “O desejo é que o governador faça isso tão logo acabe de tomar posse. É hora dele começar a governar o Estado”, acrescentou.
O presidente do Centro de Auditores Públicos Externos do Tribunal de Contas do Estado (Ceape/TCE/RS), Jusué Martins, disse que a solução para a crise econômica é combater á sonegação fiscal: ''Com este simples gesto, o governo não precisará sacrificar os servidores públicos''.
(Fonte: Correio do Povo, 4 de julho, Economia, página 07.)
|