Servidores públicos apontam que saída para superar a crise é atacar a sonegação
03/07/2015
Em coletiva de imprensa, realizada na manhã desta sexta-feira,
03, na sede do Cpers Sindicato, entidades representativas de servidores públicos
estaduais, apresentaram carta de sugestões para combater a crise no Rio Grande
do Sul. A carta indica saídas para melhorar as contas sem prejudicar os
trabalhadores, como o combate á sonegação fiscal, e faz alertas aos prejuízos
de se governar com arrocho salarial.
O documento é resultado do seminário ''A versão dos
trabalhadores sobre a situação financeira do Estado'', realizado no dia 19 de
junho e que contou com a participação de especialistas para traçar caminhos de
superação à crise financeira.
As entidades foram unânimes em afirmar que os
trabalhadores não podem ser penalizados com medidas do Governo que atingem
diretamente o direito dos servidores e a qualidade do serviço público e apontaram
que a intensificação da fiscalização para combater a sonegação é fundamental
para aumentar a receita. '' Ao invés disso, o governo fecha postos fiscais,
aumenta impostos e realiza privatizações. Essas medidas não vão dar conta de superar
a crise. É necessário que o Estado preste atenção na arrecadação de impostos,
que combata a sonegação fiscal e faça a renegociação da dívida'', disse a
presidente do Cpers, Helenir Aguiar Schürer.
As perdas do país e do Rio Grande do Sul com a sonegação
de impostos pela falta de fiscalização reflete em cortes em áreas essenciais
como saúde, segurança e educação. O Rio Grande do Sul abre mão de R$ 13,1
bilhões ao ano com a isenção fiscal. O país perde anualmente cerca de R$ 514
bilhões com a sonegação.
Os servidores anunciaram a realização de uma assembleia
geral unificada, no Gigantinho, que irá reunir todas as categorias para
discutir a construção de uma greve geral no Estado.
No dia 15 de julho, às 10 horas, na sede da Fessergs, os
servidores voltam a reunir-se para organizar a assembleia geral.
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