De Martini iniciou seu discurso expondo as perdas do País e do Rio Grande do Sul com a sonegação de impostos pela falta de fiscalização, o que reflete em cortes em áreas essenciais como saúde, segurança e educação . ''O Rio Grande do Sul abre mão de R$13,1 bilhões ao ano com a isenção fiscal. O País perde anualmente cerca de R$ 514 bilhões com a sonegação. Não há necessidade de ajuste fiscal, mas sim de combater a sonegação', apontou.
O presidente afirmou que os recorrentes escândalos divulgados pela mídia da ação dos sonegadores em todos os setores da economia e adulteração de produtos como leite e queijo, evidenciam a importância da fiscalização, não só para o aumento de receita mas para a saúde da população.
''É preciso desconstruir o discurso da crise. Fala-se tanto em falta de recursos mas não há uma só medida de governo para combater a sonegação. Ao contrário, há um desmonte da fiscalização. Até pouco tempo, 80 turmas volantes de fiscalização do ICMS atuavam no Estado. Hoje, restam apenas 22. Nove Postos Fiscais foram fechados, estando apenas seis em funcionamento'', disse o presidente.
O presidente da CUT, Claudir Nespolo, cumprimentou o presidente do Afocefe pela luta do Sindicato em contribuir com o aumento da arrecadação do Estado preservando o direito dos trabalhadores e do serviço público prestado à população, através do combate à sonegação. ''O eixo de luta dos trabalhadores e servidores públicos é o apontado pelo Afocefe'', afirmou o presidente da CUT.