Gilberto da Silva
A desestruturação das atividades de fiscalização ostensiva no Estado não impede que sejam constatadas, a cada dia, a repetição da ação de sonegadores. Apesar da modernização dos sistemas virtuais, onde o Estado mantém o controle de todas as informações prestadas pelos contribuintes, os sonegadores continuam utilizando-se de velhos métodos para não pagar tributos, aperfeiçoando suas ações e aproveitando o desinteresse do Estado nas efetivas operações de circulação de mercadorias.
Estas ações ficam evidenciadas quando confrontados os números de apreensões realizadas em postos fiscais, onde este índice deveria ser zero, já que é de conhecimento de todos a ação do Fisco. Somente no posto fiscal de Torres, no período de 10 a 20 de abril, foram autuados oito transportadores por tentarem sair do Estado com um total de 300 toneladas de arroz (beneficiado e em casca) sem recolher os impostos devidos.
Os sonegadores utilizam-se dos mais variados métodos, desde a simples reutilização de documentos fiscais eletrônicos até o benefício do sinal verde nos postos fiscais, onde determinadas cargas não precisam parar para serem fiscalizadas, sendo as características dos veículos semelhantes.
Basta informar que se trata de mercadoria previamente liberada. O Estado está fazendo a escolha que lhe parece mais conveniente e conviverá, a cada dia, com maiores quantidades de ilicitudes nas operações de circulação de mercadoria, diminuindo assim os recursos em caixa e colaborando com a concorrência desleal e outros crimes vinculados.
Vice-presidente do Afocefe Sindicato
http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=197007