ÁREA RESTRITA    
Login    Senha   
Página Incial
Técnicos Tributários participam de assembleia conjunta dos servidores públicos
Em coletiva de imprensa, Afocefe apresenta proposta para Estado superar acrise
Afocefe apresenta ao presidente da Assembleia Legislativa estudo que aponta saída para crise
NEWSLETTER
Assine a newsletter do AFOCEFE Sindicato e receba notícias por
e-mail:
Nome:
E-mail:
Notícias

Receita vai monitorar bens de contribuintes

13/05/2015
Devedores com passivos estimados em R$ 427 bilhões terão o patrimônio monitorado; objetivo é arrecadar mais

Cerca de 4 mil contribuintes com débitos tributários estimados em R$ 427 bilhões terão o patrimônio monitorado pela Receita Federal e poderão ver seus bens bloqueados em ações de recuperação de dívidas. Medidas como estas são recorrentes em momentos de fraca arrecadação de impostos e dificuldade de cumprimento da meta de superávit primário.

Pela operação anunciada nesta terça-feira, 3.854 contribuintes cujas dívidas tributárias são superiores a R$ 2 milhões terão bens periodicamente monitorados. Isso será feito em cartórios, bolsa de valores, Detrans e declarações do Imposto de Renda para acompanhamento de venda ou transferências a terceiros de imóveis, veículos, embarcações, aeronaves e bens móveis.

Nas situações em que o Fisco detectar dilapidação do patrimônio dos devedores, os bens serão bloqueados a pedido da Receita Federal para assegurar o pagamento dos débitos. Do total das empresas com bens monitorados, 1.549 estão em São Paulo e devem R$ 245 bilhões. A finalidade, segundo o subsecretário de arrecadação, Carlos Roberto Occaso, é evitar o patrimônio seja dilapidado antes de o governo recuperar a dívida.

Com a operação, Occaso disse esperar que os contribuintes tomem a iniciativa de procurar o Fisco federal para eventuais acordos e negociações dos valores devidos. "O objetivo é alavancar a arrecadação", afirmou o subsecretário.

Entre janeiro e março, o recolhimento de tributos federais somou R$ 309,376 bilhões, com queda real de 2,03% em relação a igual período do ano passado. O desempenho fraco torna mais difícil o cumprimento da meta de superávit primário de R$ 66,3 bilhões para este ano, equivalente a 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB). Em 12 meses encerrados em março, o resultado estava negativo na proporção de 0,7% do PIB.

A Receita Federal passará a avisar os chamados maiores contribuintes sobre possíveis irregularidades ou inconsistências no recolhimento de tributos. Com isso, esses contribuintes poderão regularizar sua situação antes de o Fisco adotar formalmente um procedimento de fiscalização e cobrar multas.

Esses contribuintes podem ser tanto empresas quanto pessoas físicas. No primeiro caso, estão enquadradas no conceito empresas com receita bruta declarada de, pelo menos, R$ 150 milhões por ano ou volume de tributos pagos acima de R$ 15 milhões. No caso das pessoas físicas, entram os cidadãos com rendimento anual declarado superior a ?R$ 13 milhões ou que possuam bens ou direitos em valores superiores a R$ 70 milhões.

Esse procedimento de regularização já é adotado pela Receita Federal no caso de pessoas físicas com indícios de inconsistências na declaração do Imposto de Renda e foi estendido aos maiores contribuintes por meio de portaria publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira. Segundo o órgão, trata-se de um "acompanhamento diferenciado dos maiores contribuintes".

Conforme o subsecretário substituto de Fiscalização da Receita, Francisco Assis de Oliveira Junior, um dos objetivos da medida é reduzir litígios. "Quando entrar no radar, o contribuinte será avisado."

Berzoini defende redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias para telecomunicações

O ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, defendeu na manhã desta terça-feira uma reforma tributária que reduza a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre as telecomunicações, que, segundo ele, em alguns estados, chega a 40% do valor das contas pagas pelos consumidores. O ICMS é um imposto estadual e sua revisão depende de um acordo entre as fazendas das unidades federativas do País ou uma reforma tributária debatida no Congresso.

"Boa parte do custo da telefonia no Brasil não é um problema operacional das empresas, é do nosso sistema tributário, que tem como base central de financiamento aos estados o ICMS, o que representa grande parte do custo da telefonia no nosso País", disse Berzoini, durante sessão da comissão de ciência e tecnologia do Senado na manhã de ontem.

Questionado após a audiência pública sobre o que deveria ser feito para rever essa cobrança, Berzoini afirmou que é preciso uma "reforma tributária". Segundo ele, no Brasil, se arrecada proporcionalmente mais com telecomunicações do que o peso do setor na economia, o que, por consequência, encarece todos os produtos e serviços para o consumo interno, uma vez que as telecomunicações são insumo para diversos setores.

"Eu não tenho ilusão de que vá haver um tratamento específico para o setor de telecomunicações. Até porque todos os estados sabem da importância desse setor para a economia e também para a arrecadação. Acredito que precisamos enfrentar a reforma tributária para a economia como um todo e, principalmente, para as telecomunicações. Significa não ter mais o ICMS como principal imposto de financiamento dos estados, já que é um tributo regressivo, que onera mais os mais pobres e menos os mais ricos", disse Berzoini. No âmbito do programa Banda Larga para Todos, Berzoini apresentou a meta de atingir 300 milhões de acessos móveis e fixos no País até 2018. Em 2015, são 197 milhões, disse o ministro. O programa, porém, ainda não teve sua estruturação concluída, completou.

Só concessões evitarão perda do grau de investimento, diz consultor Raul Velloso

O ajuste fiscal comandado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, pode cumprir suas metas, mas não afasta o risco de perda do grau de investimento do Brasil junto às agências de classificação de risco, na avaliação do consultor e especialista em contas públicas, Raul Velloso. A única saída será atrair investimentos privados em infraestrutura, mas, para isso, o governo precisará tirar o foco da modicidade tarifárias nas próximas rodadas de concessões.

Para Velloso, ou o governo tira os entraves do modelo de concessões ou "tudo será propaganda" na nova rodada de leilões que está para ser lançada. "O setor privado não faz filantropia, busca o lucro competitivo. Se o governo misturar distribuição de renda, ou populismo tarifário (com as concessões), não vamos ter a resposta do setor privado, não vamos ter a resposta na alta dos investimentos, não vamos ter a resposta na alta da arrecadação e vamos perder o grau de investimento", afirmou Velloso, em palestra, nesta terça-feira, no XXVII Fórum Nacional, no Rio de Janeiro.

O problema do ajuste fiscal, segundo Velloso, é que ele é de curto prazo, empurra os problemas para o ano seguinte. Por isso, é preciso buscar estratégias para impulsionar o crescimento e a arrecadação do governo. "Estamos numa crise que aparece como crise fiscal e na realidade é uma crise de falta de capacidade de produção ou de produto potencial", afirmou o consultor.

No mesmo evento, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, defendeu a abertura da economia, a aposta em acordos comerciais e demonstrou confiança no sucesso do ajuste colocado em prática pela nova equipe econômica. "Os principais países do mundo têm aumentado o número de acordos comerciais e de investimentos. Temos que seguir por esse caminho", diz Levy, em vídeo gravado e editado. "Abertura e concorrência não só descerram novas perspectivas e oportunidades, mas criam uma disciplina, nem sempre confortável, mas tipicamente eficaz", defendeu o ministro.

(Fonte: Jornal do Comércio, 13 de maio de 2015)

VOLTAR
Print

Em construção

Rua dos Andradas, 1234, 21º andar - Porto Alegre/RS - CEP 90.020-008
Fone: (51) 3021.2600 - e-mail: afocefe@afocefe.org.br