Combustíveis: mais fiscalização - Editorial Correio do Povo
05/05/2015
Não é de hoje que os
consumidores se queixam da qualidade dos combustíveis que adquirem nas bombas
dos postos que os fornecem. Também não são poucos os casos de fraudes apontados
pelos órgãos encarregados da fiscalização, entre eles o Ministério Público e a
Agência Nacional do petróleo (ANP). Muitas vezes, essa ação é prejudicada pelo
grande número de ocorrências e pela quantidade insuficiente de recursos humanos
para dar conta dessa tarefa de grande monta.
Agora, uma iniciativa do
Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) pode ajudar
nesta vigilância. O órgão está anunciando audiência públicas para discutir com
a população meios de enfrentar as fraudes nos combustíveis. De acordo com o chefe da Divisão de
Instrumentação, Software e Condições Ambientais do Inmetro, marcos
Trevisan Vasconcellos, uma série de
mecanismos está sendo estudada, como o emprego da criptografia. Ele ressalta
que nesse comércio há três tipos de fraudes: adulteração química, fraude fiscal
e a ''bomba baixa'', com maior marcação na bomba do que o total abastecido. O
Inmetro quer elaborar propostas que inibam tais práticas.
O consumidor brasileiro, que
paga caro por um produto que, não raras vezes, é adulterado, espera que
realmente se consiga chegar a um ponto em que a confiança seja restaurada no
ato da compra. Não é a maioria dos postos que praticam a fraude, mas isso gera
uma insegurança dos usuários que somente uma atuação eficiente pode dar fim.
(Fonte: Correio do Povo, 4 de maio de 2015 - Opinião ( página 2))
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