Governo apresenta à Sindicatos situação financeira do Estado
27/04/2015
O governo
do Estado apresentou, nesta segunda-feira, 27, no Galpão Crioulo do Palácio
Piratini, o cenário das finanças públicas e as medidas tomadas para recuperar o
equilíbrio fiscal a representantes de sindicatos e de federações de servidores
estaduais de mais de 20 categorias.
O
Afocefe Sindicato esteve presente, representado pelo diretor Giugliano Medeiros.
O governador José Ivo Sartori disse que desde o primeiro dia o
Executivo faz esforço para preservar os salários dos servidores. Acrescentou
que é hora de dizer a verdade “sem falso pessimismo nem falso otimismo” e
enfrentar as dificuldades presentes significa justamente preservar o serviço
público. “Precisamos superar a rivalidade pela solidariedade. O Rio Grande
somos todos nós”, afirmou o governador.
Disse ainda que a situação financeira do Estado passou do limite
há muito tempo. “O Rio Grande está precisando de todos nós, independentemente
de onde esteja construir outros tipos de solidariedade para que não prejudique
novas gerações”, completou.
A apresentação, a cargo do secretário da Fazenda, Giovani
Feltes, foi a mesma das nove edições da Caravana da Transparência, que
percorreu os municípios de Passo Fundo, Ijuí, Santa Maria, Novo Hamburgo,
Osório, Alegrete, Pelotas, Lajeado e Caxias do Sul. As reuniões começaram em 30
de março e se encerraram em 16 de abril.
De
acordo com dados da Fazenda, o rombo em 2015 deve fechar em R$ 5,4 bilhões - o
equivalente a três folhas mensais de pagamento do Executivo - e desembolsar R$
30,8 bilhões para cumprir todos os compromissos. Acrescentou que a
determinação do governador é dar transparência à situação das contas públicas
do Estado. Hoje, assinalou Feltes, os gastos com pessoal respondem por 75,5% da
Receita Corrente Líquida (RCL), 11,4% destina-se ao serviço da dívida, 29,4%
para manutenção e 6,2% para investimentos. Contudo, a fonte de ingressos de
recursos é uma só: o Tesouro do Estado, que repassa valores ao Legislativo, ao
Tribunal de Contas, ao Ministério Público e Judiciário.
A
dívida do Estado com a União está na ordem de R$ 54,8 bilhões, o dobro do valor
arrecadado pelo Estado. Segundo ele, a regulamentação do novo indexador da
dívida previsto para 2016 trará um alívio fiscal que permitirá a tomada de
novos financiamentos. Ressaltou que o déficit mensal está em R$ 400 milhões.
Feltes disse ainda que a preservação do serviço público - em áreas essenciais
como saúde, educação e segurança - é prioridade. O secretário disse que
as relações com o governo federal serão mantidas de maneira respeitosa.
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