MARCO QUINTANA/JCPara Eugênio Couto Terra, falta de proposta específica gera ansiedade
A possível adoção de medidas que visem a alterar as regras previdenciárias dos servidores públicos do Rio Grande do Sul, anunciada na quarta-feira pelo vice-governador José Paulo Cairolli (PSD), despertou a reação da União Gaúcha em Defesa da Previdência Social e Pública.
De acordo com o presidente da instituição, Eugênio Couto Terra, é legítimo que o governo busque alternativas para a correção das finanças do Estado, de modo a superar o período de crise, mas, por outro lado, é preciso haver previamente um debate com a sociedade a respeito das mudanças pretendidas. "Nossa preocupação é que um ajuste financeiro não 'caia no colo' do servidor público, como se fosse ele o culpado pela crise", manifesta o dirigente. "Antes da penalização do servidor, há um conjunto de itens que precisam ser vistos", completa.
Para Terra, o que gera ansiedade no funcionalismo é a falta de propostas concretas por parte do governo. "Se um debate é lançado de forma pouco concreta, sem o conteúdo das medidas que o governo tem a intenção de tomar isso só gera ansiedade", manifesta.
O comentário de Cairoli a respeito das possíveis mudanças foi realizado no penúltimo dia da Caravana da Transparência do Palácio Piratini, apresentada em Lajeado, no Vale do Taquari, pelo governador José Ivo Sartori (PMDB), pelo secretário estadual da Fazenda, Giovani Feltes (PMDB), e pelo secretário de Planejamento, Cristiano Tatsch (PMDB), que v?em apresentando, em encontros regionais, números que descrevem a situação econômica do Rio Grande do Sul. De acordo com Feltes, 75,5% das receitas disponíveis são para pagamento de pessoal, 11,4%, vão para o serviço da dívida com a União, 29,4% são destinados para manutenção e 6,2%, para investimentos. Segundo o vice-governador, as medidas relativas à Previdência devem ser enviadas em breve para apreciação da Assembleia Legislativa.
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