Técnicos Tributários participam de assembleia conjunta dos servidores públicos
Em coletiva de imprensa, Afocefe apresenta proposta para Estado superar acrise
Afocefe apresenta ao presidente da Assembleia Legislativa estudo que aponta saída para crise
NEWSLETTER
Notícias
Sartori é empossado prometendo mudanças amplas e duradouras - Governo do Estado
05/01/2015
O
governador eleito do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (PMDB), foi
empossado na tarde desta quinta-feira (1º), com a realização de
cerimônia de juramento na Assembleia Legislativa. Em seguida,
encaminhou-se ao Palácio Piratini para o ato de transmissão de cargo.
José
Ivo Sartori chegou ao Palácio Farroupilha por volta das 14h e foi
direto ao Gabinete da Presidência da Casa, onde foi recebido pelo
presidente Gilmar Sossella (PDT). Em seguida, encaminhou-se ao Plenário
20 de Setembro, acompanhado dos líderes de bancada e dos partidos. Muito
aplaudido, Sartori entrou no Plenário lotado, onde estavam presentes os
deputados estaduais.
A
seguir, Sossella iniciou a sessão e o protocolo, cumprimentando
Sartori, o vice-governador eleito, José Paulo Cairoli, senadores e
deputados eleitos, além de prefeitos, vereadores, autoridades e demais
presentes. O tenor Eduardo Bighelini, acompanhado da pianista Elda Maria
Pires, interpretou o Hino Nacional.
Após, Sartori e Cairoli leram
o termo de compromisso constitucional, onde juraram “manter, defender e
cumprir a Constituição, observar as leis e patrocinar o bem-comum do
povo rio-grandense”, e assinaram o documento de posse para os cargos de
governador e vice-governador para os próximos quatro anos.
Em seu
discurso, o presidente da Casa citou as dificuldades financeiras que o
novo governador deverá enfrentar. “Temos à frente a carranca medonha de
uma crise que se instalou em nosso Estado”, disse Sossella, afirmando
que os gaúchos esperam por mudanças importantes, uma vez que o Rio
Grande do Sul precisa crescer mais e acelerar o desenvolvimento
econômico e social. Ao final, o parlamentar fez um pedido: “entre para a
história como o homem que fez o Rio Grande do Sul voltar a ser forte”.
Sartori
iniciou seu discurso agradecendo a todos os gaúchos pela confiança e
pelo incentivo e lembrando que o dia 1º de janeiro é uma data especial
de paz e fraternidade, na qual o RS vive um momento de encontro entre o
Estado que já fomos, o Estado que somos e o Estado que queremos ser.
“Precisamos dar início a uma mudança ampla, profunda, larga e duradoura
em todos os processos de gestão do governo. Não podemos correr o risco
de ser um Estado velho num mundo moderno”, enfatizou o governador.
O
novo governador ainda citou a qualidade de vida como meta de seu
Governo. “Falo de combate à pobreza e à desigualdade. Falo de uma
educação melhor, de uma saúde melhor, de uma infraestrutura melhor, de
um ambiente mais propício para quem quer gerar emprego e renda”,
destacou.
A respeito do corte de gastos, Sartori referiu-se à
redução de despesas consideradas supérfluas e na necessidade de fazer
políticas sociais, com investimento nas pessoas. “Para isso, é preciso
destravar caminhos, desburocratizar, agilizar processos, adotar práticas
modernas de atendimento, ser receptivos a quem aqui quer investir e
gerar emprego e renda”, ressaltou.
A cerimônia foi encerrada com o
Hino Rio-grandense. Da Assembleia Legislativa, Sartori e Cairoli
dirigiram-se ao Palácio Piratini para a transmissão do cargo.
O
novo governador atravessou a rua – onde sorveu brevemente um mate
oferecido por populares – e foi conduzido até o gabinete que passará a
ocupar no Palácio Piratini, para se reunir com o ex-governador Tarso
Genro. Depois de dez minutos de conversa informal, acompanhado de
Cairoli, e da primeira-dama, Maria Helena Sartori, o governador seguiu
para o protocolo de leitura da ata de transmissão de cargo, no Salão
Negrinho do Pastoreio.
O público que acompanhou a solenidade,
estimado em 800 pessoas, vibrou com a chegada de Sartori. Exatamente às
15h38min, o novo governador assinou o termo de compromisso de posse.
Tarso Genro foi o primeiro a discursar. “Faço votos para a condução de
um bom governo, eleito em um pleito limpo e democrático, que honra a
soberania popular”, destacou.
Sartori direcionou suas palavras
para a importância da eficiência do Estado no atendimento à população
gaúcha, em um discurso de 12 minutos. “Falamos de uma sociedade que dá
certo, mas também de um aparato estatal que ainda precisa melhorar
muito”. E completou: “Mais do que nomes, siglas partidárias,
circunstâncias históricas, celebro o Estado que somos, a comunidade que
formamos”.
O novo governador também apontou a necessidade de
eliminar diferenças e preconceitos. “Somos diferentes, sim, mas
pertencemos ao mesmo chão, ao mesmo Estado mãe. Vivemos a mesma
realidade. E isso nos une, nos aproxima, nos congrega, nos faz
solidários”, completou.
O ato se encerrou ao som do clarim da
Brigada Militar. Em seguida, houve a nomeação dos 19 secretários que vão
compor as pastas do governo. Ao final, Sartori recebeu cumprimentos já
no gabinete do governador.
Biografia Eleito
com 3,8 milhões de votos (61,2% do total), José Ivo Sartori é o 38º
governador do Rio Grande do Sul desde o início da República. Sartori
nasceu na localidade de Capela de São Valentim, em Farroupilha, na
Serra, em 25 de fevereiro de 1948. Mais velho entre seis irmãos, cresceu
trabalhando no campo, ao lado do pai, Antônio Sílvio Sartori, que
ganhava a vida como borracheiro, e da mãe, Elza Josefina Dengo Sartori,
dona de casa. Na residência da família, viviam também avós e dois tios.
Desde
cedo, Sartori interessou-se pelas causas coletivas, o que o levou a ser
líder de movimentos estudantis e a combater a ditadura militar nos anos
1960. Com 13 anos, passou a estudar em Antônio Prado, foi presidente do
Grêmio Estudantil e atuou no movimento Juventude Estudantil Católica
(JEC).
Aos 18 anos e com o curso secundário completo, em 1966,
ingressou em um seminário em Caxias do Sul, participou da criação do
Grêmio Estudantil e tomou posições políticas contra a ditadura. Passou o
ano de 1969 estudando Filosofia no Seminário Maior de Viamão e depois
retornou a Caxias, onde concluiu os estudos na Universidade de Caxias do
Sul (UCS). Formado em Filosofia, foi professor universitário desta
disciplina, além de ter lecionado História, Moral e Cívica e Organização
Social e Política Brasileira.
Foi na universidade que conheceu
Maria Helena Sartori (hoje deputada estadual), com quem casou e teve
dois filhos – Marcos e Carolina. Ele e Maria Helena foram sempre ativos
politicamente no meio acadêmico, onde lideraram movimentos de
resistência ao regime militar. Entre 1972 e 1975, Sartori foi presidente
do Diretório Central de Estudantes (DCE) da UCS.
Trajetória no PMDB
Em 1976, filiou-se ao MDB (Movimento Democrático Brasileiro), que mais
tarde passaria a ter a sigla PMDB. Esta foi a única legenda partidária à
qual pertenceu. Naquele mesmo ano, elegeu-se vereador em Caxias do Sul.
Depois, a partir de 1982, foi eleito deputado estadual cinco vezes
consecutivas.
Durante o governo de Pedro Simon, comandou a
Secretaria Estadual do Trabalho e Bem-Estar Social, entre 1987 e 1988,
quando, entre outras ações, atuou como mediador no conflito que ganhou o
nome de A Revolta de Guajuviras, em Canoas.
Em 2002, Sartori
elegeu-se deputado federal e, em 2004, venceu a eleição à prefeitura de
Caxias do Sul. Em 2008, foi reeleito. Já exerceu também as funções de
vice-presidente estadual do PMDB e de presidente da Assembleia
Legislativa, em 1998, quando assumiu o governo do Estado em duas
ocasiões.
Leia nos arquivos anexos os discursos do governador José Ivo Sartori na Assembleia Legislativa e no Palácio Piratini.