Pagamento RPVs - Correio do Povo - Coluna Taline Oppitz
22/10/2013
Com
a corda no pescoço
Piratini segue contrariado com as decisões da
Justiça gaúcha que determinam o sequestro de valores direto nas contas do
Estado para o pagamento de Requisições de Pequenos Valores (RPVs). De acordo
com a Secretaria da Fazenda, o Estado vai pagar este ano, compulsoriamente, R$
500 milhões além do limite legal de 1,5% previsto em lei. O governo alega que
os sequestros de valores são feitos “fora da ordem da fila” e sem apontar de
onde sairão os recursos, colocando em risco o cumprimento de compromissos fiscais
e constitucionais, segundo o secretário da Fazenda, Odir Tonollier. A Fazenda
está em estado alerta com os gastos, sem previsão orçamentária e que tem
efeitos na Lei de Responsabilidade Fiscal.
Se deve... tem que pagar
O desembargador Túlio Martins,
presidente do Conselho de Comunicação do Tribunal de Justiça, explicou ontem
que todas as decisões dos juízes gaúchos são tomadas em cima de casos
concretos, nos processos, não havendo atropelos. Para ele, o remédio à disposição
do Estado em todos os casos em que não concordar com o pagamento de Requisições
de Pequenos Valores (RPVs) é o recurso jurídico, feito pela Procuradoria-Geral
do Estado. “O Estado é tratado como qualquer outro ente que, quando deve,
precisa
pagar”, afirma. No caso de não haver
mais recursos a serem feitos em um determinado caso concreto, a solução é
simplesmente pagar o que foi decidido pelo Judiciário.
(Fonte: Correio do Povo, 22 de outubro de 2013 - Coluna Taline Oppitz)
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