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Descaso da Receita Estadual com a fiscalização ostensiva favorece a concorrência desleal e prejudica a arrecadação

26/08/2013

Em patrulha pela fronteira do Rio Grande do Sul com Santa Catarina, durante a Operação Fronteira, a Brigada Militar interceptou, no dia 22 de agosto, caminhão saindo do RS pela Barragem de Alpestre, onde foi desativada unidade de fiscalização de ICMS.

O veículo foi conduzido até o Posto Fiscal de Iraí. Na conferenciada carga, que tratava-se de artigos funerários, os Técnicos do Tesouro constataram que a Nota Fiscal apresentada era inidônea para a operação devido a divergência das quantidades transportadas e porque era emitida por contribuinte inscrito no município de Iraí, quando, na verdade, a mercadoria transportada era originária de Santa Catarina.

Foi contatado que a empresa usa inscrição de fachada em Iraí, por não haver fiscalização, deixando de pagar o ICMS devido ao Estado.  O veículo foi abordado quando saia do Rio Grande do Sul, já tendo feito suas vendas sem emissão de Nota Fiscal.

A mercadoria foi avaliada em R$ 107.284,30, sendo gerado ICMS  de  R$ 18.238,33 e multa de 21.885,99.



Comentário do Afocefe:


O que se constata nesta operação é que mais uma vez a Brigada Militar vem realizando o trabalho que caberia a Secretaria Estadual da Fazenda. No entanto, a abordagem da BM ocorre em apenas alguns veículos, já que não há como estar ininterruptamente em todas as vias de acesso ao Estado, conseguindo coibir apenas pequena parte de ilícitos fiscais. Quem perde com a falta de fiscalização, originada pelo descaso e omissão da Fazenda Estadual com a fiscalização ostensiva, que gera dano ao erário público, são os bons contribuintes, que sofrem com a concorrência desleal, por pagarem seus impostos em dia e não terem competitividade com empresas de fora do RS que vendem seus produtos sem pagar impostos e nem emitir Nota Fiscal.

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