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RS NO VERMELHO - Tarso culpa antecessores por crise

05/04/2013

Governador defendeu a transferência de R$ 4,2 bilhões dos depósitos judiciais para o caixa único e rebateu críticas da oposição

Tarso Genro rebateu com críticas, ironias e comparações os questionamentos feitos pela oposição sobre a situação financeira do Estado, em especial os do PMDB, que apresentou uma avaliação negativa dos seus dois primeiros anos de governo. Os principais alvos foram os ex-governadores Antônio Britto (PMDB) e Yeda Crusius (PSDB).

– Os governos que mais levaram o Estado a essa situação de descalabro estrutural foram os de Britto e Yeda – afirmou em coletiva no Piratini.

O balanço do PMDB sobre o atual governo focou em reclamações sobre a falta de investimentos. O presidente estadual da sigla, Edson Brum, afirmou que “Tarso é o pior governador dos últimos 30 anos”. O petista se defendeu atacando os governos anteriores e disse que “o documento do PMDB, em regra, manipulou números para chegar a conclusões arbitrárias”:

– Temos uma visão diferente do que é ser um bom governo. O atual governo tem capacidade política de promover o crescimento econômico do Estado, diferentemente do anterior.

Tarso ainda ironizou a rixa entre Yeda e o vice da época, Paulo Feijó (DEM):

– A governadora não tinha uma política internacional ofensiva como a nossa. Por quê? Porque não podia viajar, porque não tinha relações políticas nem pessoais com o vice. Isso impedia que o Rio Grande do Sul saísse de uma posição paroquial e avançasse a essas relações importantes.

“Temos a obrigação de defender o Estado”

Tarso defendeu a transferência de R$ 4,2 bilhões dos depósitos judiciais para o caixa único do Estado, embora a medida, que já havia sido tomada pelo governo Rigotto, tenha recebido críticas do PT na época.

– A crítica que o PT fez e que, na minha opinião, estava equivocada, foi quando Rigotto tirou e não devolveu. Não fizemos isso, até agora. Pegamos o dinheiro e colocamos na conta do Estado por uma discussão que está ocorrendo no STF sobre os depósitos judiciais. Temos a obrigação de proteger o Estado e dizer que esse recurso fica aqui, e se precisarmos, vamos usar.

Por fim, o governador reforçou que a crise financeira não tem solução a curto e médio prazos e está condicionada à renegociação da dívida dos Estados com a União.


(Fonte: Zero Hora - Política - 05 de abril de 2013)

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