Governo não cede aos apelos dos servidores e Pacote de reestruturação previdenciária é aprovado
29/06/2011
Apesar da intensa mobilização de diversos sindicatos
de servidores públicos, a Assembleia Legislativa aprovou nesta quarta-feira
(28), por 30 votos a 21, a reforma na previdência proposta pelo governo do
Estado. O projeto de lei aumenta a alíquota de contribuição previdenciária dos
servidores públicos estaduais. Dos atuais 11%, o índice passa a 14%.
Representantes do funcionalismo público passaram o dia tentando sensibilizar
o presidente do Legislativo, Adão Villaverde, e os líderes das bancadas pedindo
que a votação do Pacote do governo do Estado fosse adiada para uma maior
discussão e apresentação de alternativas. Após a
adequação às pressas que reduziu a alíquota de desconto contida na proposta original, de 16,5%
sobre a parcela dos salários dos servidores públicos que excede R$ 3.689,66
(teto do INSS) para 14%, a base governista foi vitoriosa.
Ficou estabelecido um aumento de 14% para todos os servidores públicos. Quem
recebe até R$ 3.689,66 contará com um redutor de R$ 790,69. Para essa faixa, o
desconto será sobre o valor do salário menos o redutor.O redutor de R$ 790,69
será aplicado também para quem ganha de R$ 3.689,66 até R$ 7.379,22. Sobre essa
faixa, entretanto, o desconto final será maior do que se fosse considerada a
fórmula anterior. Servidores que recebem acima de R$ 7.379,22 terão um desconto
de 14% sobre todo o salário sem a aplicação de redutores.
A diretoria do Afocefe Sindicato participou de todos os debates ao longo do
mês de junho que solicitavam o recuo do governo para uma maior discussão da
proposta. Já na terça-feira pela manhã, dia da votação, o Afocefe e demais
entidades tentaram em vão o apoio do presidente da Assembleia, Adão Villaverde
(PT), para que retirasse o projeto da pauta de votações. Villaverde alegou
falta de poder para atender a solicitação e se comprometeu a entregar um
manifesto das entidades ao governador Tarso Genro. Ainda pela manhã, um grupo
de representantes sindicais teve acesso à reunião de líderes para tentar dissuadir
deputados da situação, mas nada surtiu efeito. Ocupando as galerias do
Legislativo, funcionalismo e pessoas mobilizadas
pelo PT de Canoas acompanharam os debates até a aprovação do pacote por volta
das 2h da manhã.
É consenso entre entidades e deputados de oposição que o pacote não resolve
os problemas do Estado. Argumentam que há problemas técnicos na proposta do governo.
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