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Conselhão inicia discussões da reforma previdenciária

14/04/2011
O governador Tarso Genro (PT) está disposto a reformular o sistema de previdência pública no Estado. Para destravar essa discussão, ele delegou a tarefa ao Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, que instalou ontem a câmara temática que debaterá o assunto. A primeira reunião do colegiado, composto por empresários e servidores públicos, evidenciou as diferentes opiniões entre os 12 conselheiros que compareceram - oito titulares e quatro substitutos. Em março, 15 conselheiros titulares haviam manifestado interesse em integrar o grupo. O presidente do Sindicato dos Técnicos Científicos do Rio Grande do Sul (Sintergs), César Pacheco Chagas, alertou o governo de que nenhuma ação quanto à reforma da previdência deve ser tomada sem passar pela câmara temática. "Não deve haver nenhum tipo de atropelo ou movimentação antes de uma exaustiva discussão", apontou. Ele questionou o peso que atribuem ao pagamento de inativos e pensionistas. "Não entendemos por que a folha de pagamento de aposentados vem a ser a culpada pela baixa capacidade de investimentos do Estado." Os dados apresentados pelo Conselhão apontam que dos R$ 874.495.261,00 gastos com servidores estaduais em todos os Poderes mensalmente na folha de pagamento, R$ 407.535.632,00 correspondem aos vencimentos de inativos. O empresário Paulo Vellinho denunciou que a situação "é uma tragédia". Para ele, não é uma questão de direitos, mas sim de possibilidades. "No passado, foram feitas concessões em excesso", criticou. Uma das posições mais contundentes foi a do presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Rio Grande do Sul (Sindsepe), Claudio Augustin. Ele assegurou que não existe déficit na previdência pública do Estado. "O que há é um passivo previdenciário", avaliou. Para o presidente da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris), João Ricardo dos Santos Costa, "o debate entre os que estão inseridos no sistema e os que estão de fora olhando apenas o aspecto econômico assume contornos por vezes preocupantes". Ele atacou a concessão de isenções tributárias do Estado a grandes empresas. João Ricardo avalia que o dinheiro renunciado poderia ser aplicado na previdência. "Não nos orgulha ver um grande empresário receber recursos de renúncias fiscais quando existem crianças estudando em contêineres", comparou. E rechaçou a criação de um sistema complementar - tese defendida pelo conselheiro Bolívar Moura, da Agenda 2020, por exemplo. "A previdência é um assunto do Estado, não do setor privado", pregou o juiz. Outro tema polêmico levantado na reunião foi a contribuição que os servidores públicos dão para o sistema.
Enquanto todas as categorias contribuem com 11%, funcionários da Brigada Militar despendem 7%. "Por que pagam esse valor? E aí, quando se tenta mexer nisso, se gera um enorme problema", referiu o conselheiro Athos Cordeiro. A titular da Delegacia da Mulher de Porto Alegre, Nadine Farias, também prega isonomia entre as contribuições dos servidores. Ela defendeu a realização de concurso público para recompor os quadros da segurança e ajudar a equilibrar as contas da previdência. "Na minha delegacia, dos 20 policiais, oito estão para se aposentar. Não tenho como sustentar todo o atendimento com apenas 12 funcionários", exemplificou. Bolívar Moura disse que a baixa capacidade de investimento do Estado é uma consequência dos gastos com aposentadorias e pensões. "Se o governo investe pouco, uma das razões é a defasagem que existe no sistema previdenciário." O próximo encontro da câmara temática será em maio.
Previdência não deve entrar no pacote de cortes Presente na instalação da câmara temática que discute a reforma previdenciária no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (Conselhão), a secretária estadual de Administração e Recursos Humanos, Stela Farias (PT), foi cautelosa ao abordar o assunto. Em vez de falar sobre o tema, preferiu ler uma mensagem escrita. "Tem coisas em que não podemos nos perder ou falar algo que ainda não está maduro em sua elaboração", justificou. Assim como o secretário-executivo do Conselhão, Marcelo Danéris (PT), Stela garantiu que o Palácio Piratini ainda não tem uma opinião formada sobre a reforma da previdência e que o governo não inicia o debate com propostas prontas. "Estamos iniciando uma escuta interna." Em entrevista após o encontro, a secretária de Administração disse que o governo terá opinião sobre a previdência e a manifestará na câmara temática. Ela não soube definir se alguma medida de mudança na previdência será adotada dentro do plano de sustentabilidade que o governo prepara para conter gastos e aumentar a receita. "Até onde eu sei, não. Há um cuidado em construir isso de forma coletiva." O presidente do Instituto de Previdência do Estado (IPE), Valter Morigi, considerou que é importante debater o sistema de previdência complementar. "O regime complementar passa por essa discussão. Isso implica desonerar o Estado", posicionou-se. Ele apontou para a necessidade de se realizar concursos públicos. "Para termos um sistema equilibrado, precisaríamos de três servidores na ativa para cada inativo." (Fonte: Jornal do Comércio )

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