ÁREA RESTRITA    
Login    Senha   
Página Incial
Técnicos Tributários participam de assembleia conjunta dos servidores públicos
Em coletiva de imprensa, Afocefe apresenta proposta para Estado superar acrise
Afocefe apresenta ao presidente da Assembleia Legislativa estudo que aponta saída para crise
NEWSLETTER
Assine a newsletter do AFOCEFE Sindicato e receba notícias por
e-mail:
Nome:
E-mail:
Notícias

“A tendência é de que esse índice diminua”

11/04/2011
Tarso Genro, Governador do Rio Grande do Sul, avalia pesquisa dos 100 dias

Em entrevista por telefone, na tarde de ontem, Tarso Genro comentou a aprovação de 80% que seu governo recebeu dos entrevistados pelo Ibope. A pesquisa foi publicada na edição dominical de ZH. Mas ele acredita que sua popularidade cairá em breve. Tarso promete enviar à Assembleia, até o final do mês, um pacote de projetos que incluirá o pontapé inicial para a reforma na previdência. E afirma que o plano de carreira dos professores, alvo de controvérsia, não é inalterável. 

Zero Hora – Os 80% de aprovação do seu governo, registrados pelo Ibope, fazem aumentar seu compromisso com os eleitores? 

Tarso Genro – Acredito que esse índice, em primeiro lugar, parte do impulso da vitória eleitoral no primeiro turno. Mas passa também pelo diálogo social ampliado que estamos desenvolvendo e pelas primeiras medidas que tomei. Entre elas, a anistia da dívida para pequenos agricultores e o debate profundo que a educação receberá no Conselhão. Mas é um índice de aprovação que, na minha opinião, não se manterá. 

ZH – Por quê? 

Tarso – A gente se sente reconfortado e compensado, mas a tendência é de que esse índice diminua. Até porque, ao alcançarmos um índice desses, ele só pode mudar para menos. Um governo enfrenta percalços e, muitas vezes, a demora para algumas soluções baixa a expectativa das pessoas. Se no final do governo eu chegar a 60% de bom e ótimo, estarei extremamente feliz. Essa expectativa proporciona uma motivação extrema para trabalhar. Sinto um misto de felicidade e compromisso. 

ZH – Esse respaldo lhe dá mais força para enfrentar assuntos espinhosos, como o da previdência?
 

Tarso – Dá mais força, sim. É uma expectativa da sociedade que o governo responda a questões-chave que atrasam o Rio Grande. A qualidade da educação é um tema espinhoso, como também é espinhosa a criação de políticas de indução ao crescimento econômico, que passam por uma reforma na previdência. 

ZH – E essa reforma começa quando? 

Tarso – Nos próximos dias, vamos enviar um pacote de medidas à Assembleia. Não enviaremos a reforma em si, mas uma moldura da previdência que precisa ser discutida em um primeiro momento, para depois fazermos a reforma. Gostaríamos que o pacote chegasse ao parlamento ainda na primeira quinzena, mas não será possível. Chegará até o fim do mês. 

ZH – Que medidas esse pacote vai abranger? 

Tarso – Não posso antecipar. Ainda estamos discutindo. 

ZH – O que os gaúchos podem esperar de concreto dos seus próximos cem dias de governo? 

Tarso – A aplicação rigorosa do nosso programa de governo. Costumo redigir, para depois entregar à equipe e aos secretários, as diretrizes das próximas semanas. Para os próximos 60 dias, temos três tarefas centrais. A primeira é o aprofundamento investigativo da força-tarefa para a remodelação do Daer. A segunda é a institucionalização e organização técnica do plano de governo através do controle da Secretaria-Geral. 

ZH – Antes de o senhor revelar a terceira, o que esta segunda tarefa representa na prática? 

Tarso – O modelo de controle que instalaremos para acompanhar nossos projetos e garantir, obrigatoriamente, o cumprimento de metas. É uma modelagem tecnológica que nos permitirá acompanhar todos os dias o andamento desses projetos. E a terceira tarefa é o cumprimento das cláusulas do acordo com o Cpers. 

ZH – O senhor se comprometeu a não mexer no plano de carreira dos professores e se disse contra a meritocracia. Por quê? 

Tarso – A questão do plano de carreira é sagrada para os servidores. Então, qualquer alteração precisa ser negociada com eles. Não se trata de uma decisão arbitrária do governador. Mas vamos aguçar mecanismos de favorecimento do mérito. Não é verdadeira esta visão. 

ZH – Então, ao contrário do que está no documento entregue ao Cpers, o governo pode mexer no plano dos professores? 

Tarso – O que nos comprometemos é que jamais mexeríamos no plano de carreira de maneira arbitrária, sem negociação com os professores. Afinal, a meritocracia pode ser aplicada através de exclusiva vontade e arbítrio de um gestor, capaz de colocar as pessoas na rua, como ocorre nas empresas privadas. Sobre a valorização do mérito no magistério, isso nós vamos debater com os professores. 

ZH – A implantação do piso nacional do magistério ainda é um compromisso até 2014?

Tarso –
 Sim, permanece. 

ZH – A pesquisa demonstra alta aprovação ao senhor, mas revela uma avaliação negativa sobre a atuação do governo em áreas como saúde, segurança e situação das estradas. Que avaliação o senhor faz desse resultado? 

Tarso – São avaliações do Estado atual. É impossível que esse índice tivesse sido alterado com apenas 90 dias de governo. 

ZH – O que o senhor planeja para reverter essa imagem ruim na área da saúde (de acordo com o Ibope, 52% avaliaram como ruim ou péssima)? 

Tarso – Temos uma série de programas. Depois, posso dar uma entrevista detalhada sobre isso. 

ZH – Não precisa detalhar, pode resumir. 

Tarso – Já estamos iniciando, por exemplo, a implantação das Unidades de Pronto Atendimento, as UPAs, conseguindo e liberando recursos nossos. E já começamos a recuperação dos hospitais. 

ZH – E quando começa a retomada das obras nas estradas estaduais?

Tarso – Já retomamos. Já liberei R$ 22 milhões por mês para este objetivo. 

ZH – Mas R$ 22 milhões por mês é um orçamento muito tímido para recuperar as estradas. 

Tarso – É tímido, mas a maioria das obras deve ocorrer a partir da liberação dos recursos (dos empréstimos do BNDES e do Bird). O prazo para isto é novembro, mas vamos tentar para antes a liberação.

(Fonte: Zero Hora - Porto Alegre/RS)

VOLTAR
Print

Em construção

Rua dos Andradas, 1234, 21º andar - Porto Alegre/RS - CEP 90.020-008
Fone: (51) 3021.2600 - e-mail: afocefe@afocefe.org.br