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Não há verba para reajuste salarial

14/01/2011

Não há verba para reajuste salarial -

Os servidores públicos estaduais deverão enfrentar dificuldades ao pleitearem reajustes em 2011. O secretário da Fazenda, Odir Tonollier, avisou ontem que, além de não haver recursos em caixa para elevar os vencimentos dos funcionários públicos do Estado, não há igualmente nenhuma previsão orçamentária prevista para este item. Tonollier, entretanto, defendeu o aumento salarial concedido para 518 Cargos em Comissão (CCs) do Poder Executivo, aprovado em sessão extraordinária na última terça-feira na Assembleia Legislativa. Pelas contas do Palácio Piratini, o reajuste irá gerar impacto anual de R$ 18 milhões. Tonollier revelou durante a entrevista coletiva de ontem que o governo estadual se confrontou com um "dilema", considerando que a primeira decorrência do reajuste salarial aos CCs e diretores de empresas públicas seria a ampliação das dificuldades financeiras. Contudo, afirmou que os reajustes foram necessários para garantir a alocação de profissionais qualificados em funções estratégias. "Vivemos uma realidade de pleno emprego. Poucas pessoas estão desempregadas", disse Tonollier, argumentando ainda que os técnicos qualificados não trocam a iniciativa privada pelo setor público sem a oferta de boas remunerações.


(Fonte: Correio do Povo - Porto Alegre/RS 14/01/2010)


Comentário do Afocefe:


As dificuldades financeiras do Estado informadas pelo Secretário da Fazenda, Odir Tonollier, poderão ser amenizadas se o governo decidir enfrentar o feudo corporativo que emperra o funcionamento da secretaria, com reflexos significativos na pouca arrecadação.
Ultimamente, a Fazenda tem se caracterizado pela inoperância, à medida em que promove boicotes às atribuições e atividades daqueles que realmente querem trabalhar.
Um exemplo disso, é o alto índice de sonegação no setor de combustíveis, percebido através da adulteração. A Fazenda não fiscaliza, mesmo tendo pessoal qualificado para esta atividade que é impedido de atuar.
Em estados como Paraná e São Paulo, onde foram implantados programas com esta finalidade, ocorreu aumento entre 30% e 40% na arrecadação tributária no setor de combustíveis.
A dúvida é se o governo terá coragem de enfrentar o problema para solucionar seu caixa.

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