Tarso defende reforma da previdência estadual
20/10/2010
Mudança deve enfrentar dura resistência do Judiciário, diz governador eleitoDizendo-se “conectado” com a maioria das questões levantadas pela Agenda 2020 para solucionar impasses econômicos históricos do Rio Grande do Sul, o governador eleito, Tarso Genro, defendeu ontem uma ampla reforma do modelo de previdência do Estado. Durante a apresentação oficial dos projetos elaborados pelo movimento, Tarso previu resistências “muito duras” à proposta do governo, “a primeira delas do Poder Judiciário”.
O governador eleito foi o convidado de honra do encontro da Agenda 2020, que teve como objetivo formalizar o apoio do grupo à futura administração estadual. Ao falar sobre a criação do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social em seu governo, Tarso disse que questões-chave, como o déficit da previdência estadual, devem ter atenção especial:
– Precisamos ter um piso decente e um teto salarial a partir do qual os servidores possam fazer sua própria poupança. Mas vamos ter resistências muitos duras, e a primeira do Poder Judiciário e de outros poderes que têm determinados privilégios.
Segundo a Agenda 2020, o déficit da previdência estadual chegou a R$ 4 bilhões em 2009. O rombo foi pago com recursos do Tesouro, remanejando despesas previstas para outros setores. O déficit cresce 5,2% ao ano.
Principal líder do movimento, o empresário Jorge Gerdau Johannpeter ocupou a tribuna para fazer um apelo à retomada do desenvolvimento:
– Há deficiências enormes a superar. Senhor governador, aqui há gente disposta a lhe apoiar no desafio de superar esse marasmo.
Os líderes do movimento entregaram simbolicamente a Tarso Genro uma carta-compromisso em que destacam as metas da Agenda 2020 com o próximo governo.
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Conta não fecha Custo da Previdência pública no Estado em 2009 (em R$ bilhão): Custo total - 6,1 Contribuição governo - 1,4 Contribuição servidores - 0,7 Déficit - 4 Fonte: Agenda 2020
(Fonte: Zero Hora)
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