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Abates pelo Agregar/RS devem fechar com recorde

13/10/2010
Os mais de 100 frigoríficos gaúchos vinculados ao programa Agregar RS devem bater recorde de abates nesse ano, chegando a 2,2 milhões de cabeças. A previsão é do coordenador-geral do probrama Hermes Ribeiro, que aponta a adesão de mais 10 frigoríficos ao programa, até o final deste ano. "Muitas indústrias têm optado por sair da ilegalidade e aproveitar os benefícios do Agregar", disse. Entre as vantagens do programa, criado em 2003, está a redução do ICMS na compra de animais vivos, de 12% para 8,4%, e também na venda de carne, com a arrecadação de 2,5% pelo Agregar e de 7% para os frigoríficos não vinculados ao programa. Segundo Ribeiro, neste ano o valor referente à renúncia fiscal por parte das indústrias vinculadas ao Agregar chegará R$ 47 milhões. Com o aumento dos abater, também cresce o crédito presumido oferecido pelo Estado e os números de impostos arrecadados - a cada ano R$ 6 milhões a mais, em média. Mesmo com a redução do percentual recolhido pela indústria, um levantamento da Secretaria da Fazenda apontou aumento na arrecadação, em função da mudança de status dos frigoríficos de inadimplentes para adimplentes. Ribeiro esclarece que as vantagens do programa não se restringem apenas à questão tributária, uma vez que a proposta tem reflexos também na redução da informalidade, dos abates clandestinos e consequentemente na segurança alimentar. "Estima-se que os abatedouros irregulares, que chegavam a 50% no Estado, não ultrapassem os 15% hoje", observou o presidente do Sindicato das Indústrias de Carne e Derivados do Rio Grande do Sul (Sicadergs), Ronei Lauxen. O dirigente informa que  dos 60 frigoríficos associados ao Sicadergs, quase 100% já aderiram ao Agregar. O Rio Grande do Sul conta com mais de 700 indústrias, das quais 150 têm fiscalização estadual e federal. Por parte dos produtores, o dirigente da Farsul, Fernando Adauto, destacou as vantagens do aumento da competitividade da carne gaúcha com a entrada do Agregar. "Não chegamos ao nível de São Paulo e Minas Gerais, que têm tributação zerada, mas já ajudou", disse. Segundo Adauto, o produtor acabava pagando pela desorganização da cadeia produtiva. Para se vincular ao programa, as empresas precisam cumprir uma série de exigências, que vão  desde a infraestrutura dos frigoríficos até estar em dia com o pagamento de impostos e na certificação sanitária. "São diversas normais técnicas e de padronização, que envolvem planta, câmaras frias e mangueiras", enumera Ribeiro. (Fonte: Jornal do Comércio)

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