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Roubo de cargas traz prejuízos de R$ 1 bi

04/10/2010
Das 13,5 mil ocorrências em 2009, de 12% a 14% foram no Estado

O Brasil teve um prejuízo de quase R$ 1 bilhão com o roubo de cargas nas rodovias brasileiras em 2009 - foram registradas 13,5 mil ocorrências. Os dados são da Associação Nacional de Transporte de Cargas e Logística - NTC & Logística. Do total, de 12% a 14% dos casos aconteceram no Estado. O número de ataques, porém, pode ser maior, pois muitas vítimas não comunicam as ocorrências às autoridades. Estimativas não oficiais da Federação Interestadual das Empresas de Transporte de Cargas indicam que o roubo de cargas aumenta cerca de 7% a cada ano no país. Preocupado com a recente onda de ataques no Estado, o responsável pela Delegacia de Roubos a Cargas, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), em Porto Alegre, delegado Guilherme Wondracek, acredita que o combate ao crime nessa área passa pela integração. Segundo ele, os principais alvos das quadrilhas são os carregamentos de medicamentos, cigarros, eletroeletrônicos e pneus - quase sempre já encomendados pelos receptadores de mercadorias. O destino final dos produtos é o comércio de periferia e até camelôs. O delegado entende que as empresas do setor precisam, cada vez mais, investir em segurança e proteção para inibir os ataques, e os órgãos policiais necessitam de reforço no efetivo. Propôs, ainda, maior fiscalização estadual e municipal nos estabelecimentos comerciais em busca de mercadorias de origem ilícita, atingindo assim a receptação. Guilherme Wondracek afirma também que os ataques são cometidos a partir de informações privilegiadas obtidas pelas quadrilhas dentro das próprias empresas, o que pode ser combatido com uma seleção de pessoal mais rigorosa. "Os criminosos conhecem até a rotina das empresas", observa, acrescentando que os órgãos policiais devem ser comunicados rapidamente da ocorrência de um ataque. O titular da Delegacia de Roubo a cargas desaconselha o tráfego de caminhões no período noturno, por facilitar a ação das quadrilhas. Muitos desses veículos trafegam sem comboios e sem seguranças armados. (Fonte: Correio do Povo de 03.10.2010)

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