As prioridades gaúchas
29/06/2010
Não deixa de ser surpreendente que, em cidades
que enfrentam graves deficiências em serviços de educação, segurança e
saúde, por exemplo, uma parcela significava dos prefeitos aponte como
prioridades o enfrentamento dos gargalos da infraestrutura e das
carências da agricultura. No estudo que a Federação dos Municípios do
Rio Grande do Sul (Famurs) divulgou ontem e que hoje será apresentado e
discutido com os três principais candidatos ao governo do Estado, os
administradores municipais evidenciaram que não estão confortáveis com
os debates eleitorais centrados em questões conflituosas, como com
frequência tem ocorrido, e preferem que os temas da pauta de agora até
outubro sejam os do dia a dia dos municípios e as ações que efetivamente
interferem na vida das cidades e de suas populações.
É
importante que estudos como esse, que auscultam o próprio pulsar da vida
rio-grandense e fazem um levantamento das necessidades dos cidadãos,
sejam valorizados como indicadores das prioridades a serem levadas em
conta pelos programas partidários e pela estratégia dos candidatos. É
conhecido o fato de que é no âmbito das cidades, até por uma questão de
proximidade, que as necessidades dos cidadãos são mais visíveis e são
mais agudas. Uma estrada que falta, um atendimento que não funciona, a
insuficiência de policiamento ou as carências de transporte escolar,
mesmo que sejam também problemas nacionais e estaduais, são antes de
mais nada questões que afetam pais e mães de família, estudantes em seu
caminho diário para a escola ou trabalhadores que precisam deslocar-se.
O
Congresso da Famurs, hoje e amanhã, significa uma oportunidade
importante para levar essas demandas gaúchas aos candidatos a governador
e a presidente da República.
(Fonte: Editorial - Zero Hora)
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