Sinal dos tempos
20/01/2010
Eixo que norteou boa parte das ações do governo Yeda Crusius, a
parceria com empresários que bancavam consultorias na área de gestão
realizadas pelo Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade (PGQP) e
pelo Instituto de Desenvolvimento Gerencial (INDG) está encerrada. No
caso do PGQP que atuava no Executivo desde 2005, quando o governador
era Germano Rigotto , o contrato se encerrou em dezembro e, conforme a
Secretaria da Fazenda, a renovação está sendo avaliada.
Já a
atuação do INDG, do reconhecido mago da gestão Vicente Falconi, está
finalizada há cerca de três meses. O marco foi a saída do secretário
Erik Camarano, que hoje é consultor da Oscip Movimento Brasil
Competitivo, que tem contratado e supervisionado parcerias nos Estados
e municípios.
Um dos motivos para o fim dos trabalhos
extrapolaria o fato de os servidores estaduais terem adquirido know how
suficiente para tocarem com as próprias pernas o que aprenderam.
Empresários avaliam que o governo, após desgastes políticos, teria
perdido o interesse em implementar medidas impopulares e difíceis de
serem sustentadas em ano eleitoral. Esse fator, aliado à crise
econômica, teria desmotivado por ora o setor privado a bancar a
continuidade da missão.
Apesar de não ser admitido oficialmente,
há evidências de um descompasso entre empresários que depositaram
esperanças no governo tucano e que hoje arriscam dizer que o equilíbrio
das finanças está sob perigo porque o governo parece ceder a pressões
eleitoreiras.
(Fonte: Rosane de Oliveira - Zero Hora)
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