O governo fecha o ano sem a necessidade de efetuar saques no caixa
único (conta em que ficam os valores dos órgãos das administrações
direta e indireta). A última retirada ocorreu em novembro de 2007. O
secretário da Fazenda, Ricardo Englert, afirmou que isso foi possível
devido ao bom desempenho na arrecadação do ICMS e do IPVA, que superou
em quase R$ 50 milhões a previsão inicial. A arrecadação antecipada do
IPVA alcançou, até quarta, R$ 206 milhões.
Englert
confirmou que o governo teve de reprogramar investimentos, que não
devem alcançar a meta inicial de R$ 1,2 bilhão. "Foram empenhados mais
de R$ 780 milhões e pagos R$ 500 milhões", citou. Embora comemorando a
retomada do crescimento e garantindo que janeiro e fevereiro serão
"gordos" em investimentos, Englert não era só satisfação. Confirmou que
o Estado não terá acesso aos R$ 94 milhões solicitados via Programa
Emergencial de Financiamento. "As exigências foram se acumulando, mesmo
com o envio de informações, mas a Secretaria do Tesouro Nacional não
consolidou a operação." Os recursos visavam compensar a perda de
arrecadação dos estados. De janeiro a novembro, a queda nas
transferências da União foi de 21%. O RS deixou de receber R$ 421
milhões.