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Falta de integração provoca aumento da sonegação fiscal no setor de combustíveis
12/11/2009
O Rio Grande
do Sul é um dos únicos estados brasileiros onde o trabalho de combate à sonegação fiscal é realizado de
forma independente entre os órgãos públicos de controle e a Secretaria Estadual
da Fazenda. A conclusão foi unânime entre os painelistas do 11º Sefaz Debate, promovido
pelo Afocefe Sindicato dos Técnicos do Tesouro, nesta quinta-feira (12) no
teatro Dante Barone, da Assembleia Legislativa. O evento discutiu as fraudes,
adulterações e sonegação fiscal que atinge o setor de combustíveis no RS.
De acordo com os dados do Conselho Nacional de Política
Fazendária (Confaz), nos últimos cinco anos a participação do setor na
arrecadação de impostos no RS caiu de 25% para menos de 20%. Ao contrário de
outros Estados como Bahia, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná e São Paulo, onde
a arrecadação do setor registrou crescimento, no Rio Grande do Sul a variação
da arrecadação foi negativa em 5,29%.
Feudos
O procurador geral do Ministério Público de Contas, Geraldo
Da Camino, um dos palestrantes do evento, afirmou que as causas dos delitos
passam pela falta de integração entre a Secretaria da Fazenda e os demais
órgãos, como a Polícia Civil. “Não pode haver feudos no serviço publico. A
integração não é o melhor caminho, é o único caminho possível para defender os
interesses da sociedade”, afirmou.
“Nossas delegacias não encontram amparo na Secretaria da
Fazenda, num problema que remonta mais de uma década, o que nos coloca em
desvantagem diante dos criminosos”, ressaltaram os titulares da Delegacia
Fazendária, Marcelo Pereira, e da Delegacia do Consumidor da Polícia Civil,
Patrícia Sanchotene Pacheco, que apontaram a falta de informações como estímulo
aos crimes fiscais. Os policiais confirmaram que o crime organizado está por
trás da sonegação.
Segundo o presidente do Comitê Sul Brasileiro de Qualidade
dos Combustíveis (CSQC), Paulo Boamar, quadrilhas de fraudadores e
adulteradores migraram para outros locais, como o RS, vindas de estados que
adotaram medidas simples para coibir este tipo crime, como o trabalho integrado
entre os agentes públicos e maior fiscalização fazendária. “Depois que São
Paulo implantou o lacre fiscal nas bombas de combustíveis e a cassação da
inscrição estadual dos estabelecimentos que comprem ou distribuam combustíveis adulterados,
o crime mudou de local. Sabe-se que o PCC que controla postos de combustíveis em
vários estados, já está aqui em território gaúcho”, revelou.
O 11º Sefaz Debate contou com a participação de Técnicos do
Tesouro de todas as unidades fazendárias do Estado, vereadores, prefeitos e dos
deputados estaduais Giovani Cherini, Ivar Pavan, Jerônimo Goergen, Francisco
Appio, Raul CArrion, Elvino Bohn Gass, Alceu Moreira, Dionilso Marcon e Iradir
Pietroski. Também estiveram presentes a Federação das Associações de Municípios
do Estado (Famurs), União dos Vereadores do Rio Grande do Sul, Sindicato
Nacional dos Analistas Tributários da Receita Federal (Sindireceita) e Petróleo
Ipiranga.
(Fonte: Assessoria de Comunicação Afocefe Sindicato)