ÁREA RESTRITA    
Login    Senha   
Página Incial
Técnicos Tributários participam de assembleia conjunta dos servidores públicos
Em coletiva de imprensa, Afocefe apresenta proposta para Estado superar acrise
Afocefe apresenta ao presidente da Assembleia Legislativa estudo que aponta saída para crise
NEWSLETTER
Assine a newsletter do AFOCEFE Sindicato e receba notícias por
e-mail:
Nome:
E-mail:
Notícias

Quem tem medo de avaliação?

09/11/2009

Do pacote anunciado na semana passada pela governadora Yeda Crusius, o item que está provocando maior polêmica entre os sindicalistas é a concessão de um 14º salário vinculado ao cumprimento de metas. Não deveria. Ser contra a meritocracia, por princípio, passa a impressão de que os funcionários têm medo da avaliação porque estão acostumados a não sofrer cobranças.

Na iniciativa privada, quando um trabalhador não cumpre suas obrigações, é demitido. Recebe um mês de aviso prévio, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e uma multa sobre o valor dos depósitos. E vai em busca de um novo emprego. No setor público, ninguém corre o risco de ser afastado por não cumprir sua obrigação, mesmo que a demissão por insuficiência de desempenho esteja prevista na Constituição desde 1996.

Pela proposta do governo, a avaliação não será individual. Receberá o 14º salário o servidor de uma secretaria ou departamento que atingir as metas pactuadas, desde que o Estado atinja o equilíbrio entre receita e despesa. Isso obriga os servidores a pensar nos resultados do conjunto. Não basta uma escola adotar medidas para economizar água e luz e fazer de tudo para que a avaliação dos alunos melhore. Para receber o 14º salário, a média geral da avaliação – ou outro indicador previsto nos acordos – terá de melhorar para que todos recebam.

Em tese, isso fará com que os próprios colegas sejam menos tolerantes com o corpo-mole ou com o desperdício. Se alguém estiver prejudicando o cumprimento das metas, será cobrado não só pelas chefias, mas pelos próprios colegas.

É claro que todo servidor concursado precisa de uma proteção para não ser vítima de perseguições políticas nas trocas de governo, daí a justificativa para a estabilidade. O problema é que, se não há punição para quem não trabalha nem prêmio para quem faz mais do que lhe é exigido, o serviço prestado lá na ponta perde qualidade.



(Fonte: Rosane de Oliveira - Zero Hora)

VOLTAR
Print

Em construção

Rua dos Andradas, 1234, 21º andar - Porto Alegre/RS - CEP 90.020-008
Fone: (51) 3021.2600 - e-mail: afocefe@afocefe.org.br