Batalha pelo reconhecimento
06/11/2009
Decidida
a mudar a própria imagem no Estado, a governadora Yeda Crusius optou
por conceder reajustes salariais a categorias de servidores que recebem
os salários mais baixos no Executivo: soldados da Brigada Militar (BM)
e integrantes do magistério.
Depois de sucessivos embates com os
professores, Yeda busca a simpatia desse segmento importante entre os
gaúchos, menos de um ano antes das eleições de 2010. Segundo
parlamentares com trânsito no governo, a meta da medida é esvaziar o
discurso de sindicalistas mais radicais, como o da presidente do
Cpers-Sindicato, Rejane de Oliveira.
Quanto à BM, o governo
tenta resolver um impasse. O Executivo temia uma greve nos próximos
dias, se não fossem atendidas reivindicações dos servidores.
Antes
do anúncio, Yeda reuniu os principais líderes da base aliada para
discutir as medidas, seguindo a estratégia de compartilhar fatos
positivos. De acordo com o chefe da Casa Civil, Otomar Vivian, as
mudanças são decorrência do equilíbrio nas finanças públicas.
– Isso consolida uma conquista da sociedade. Por
isso, Yeda chamou uma entrevista coletiva para que isso se tornasse
realidade. Ela fez questão de divulgar pessoalmente as diretrizes –
disse Otomar.
Nas últimas semanas, a governadora intensificou
esforços para reverter os altos índices de rejeição apontados em
pesquisas de opinião. O objetivo é evitar que a política de choques
apareça mais do que ações positivas de Yeda, em especial no Interior.
No núcleo estratégico do Executivo, a avaliação é de que a governadora
só será reconhecida como boa gestora quando não for protagonista de
conflitos. Por essa razão, a tática é reduzir ao máximo enfrentamentos
e viajar muito ao Interior.
Em setembro, o PSDB estadual
contratou a FSB Comunicações, empresa especializada em consertar a
imagem de políticos. Desde então, profissionais começaram a elaborar um
plano para mostrar os feitos do Executivo nos últimos 14 meses de
governo. Com custo de R$ 240 mil a serem pagos pelos tucanos, o
trabalho será desenvolvido durante seis meses.
(Fonte: Zero Hora)
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