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Um pacote para os servidores

06/11/2009

Integrantes da segurança pública e do magistério estadual são os principais alvos da proposta de reajuste salarial que será enviada à Assembleia Legislativa. O aumento poderá ser estendido a outros setores do governo se a medida que prevê um 14º salário a quem fixar e cumprir metas for aceita



A 14 meses do fim do mandato, a governadora Yeda Crusius surpreendeu servidores e até aliados ao anunciar, ontem, projetos que aumentam salários de militares e professores estaduais. Batizado de Plano de Valorização dos Servidores Públicos, as medidas instituem também um 14º salário para servidores cujos órgãos cumprirem metas previamente estabelecidas.

– Depois de controlarmos o ajuste fiscal, enfim chegou esta data histórica para o Rio Grande do Sul – disse a governadora, cercada pelo secretariado, em entrevista à imprensa no Palácio Piratini.

Se for aprovado na Assembleia, o pacote da governadora aumentará em 20% o salário dos soldados gaúchos, o mais baixo do país. A categoria, que atualmente recebe R$ 1.007 por mês, passaria a ganhar R$ 1,2 mil em 2010. Os demais níveis da Brigada Militar também teriam os vencimentos reajustados. O salário inicial dos professores pularia de R$ 950 para 1,5 mil, um acréscimo superior a 50%. Conforme Yeda, os projetos serão enviados ao Legislativo nos próximos dias.

– Esse pacotão veio de surpresa, sei muito pouco sobre ele, não fui informado de nada – afirmou o presidente da Comissão de Finanças da Assembleia, deputado Nelson Marchezan Jr, do mesmo partido de Yeda.

Ex-secretário da Casa Civil, o deputado Alberto Oliveira (PMDB) também não tinha notícia das medidas:

– Os aumentos são importantes para essas categorias que ganham pouco, mas é preciso ter um cuidado com a dimensão desses números.

O impacto total dos reajustes propostos pela governadora seria de R$ 159,4 milhões no Tesouro em 2010 – também são contemplados no pacote os dirigentes de fundações e autarquias, como Detran, Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) e Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam).

– Sentimos que era o momento ideal para conceder os reajustes. Afinal, conquistamos o déficit zero também para isso – justificou o secretário do Planejamento, Mateus Bandeira.

A longo prazo, bônus só por trabalho apresentado

A matriz salarial da segurança pública – lei que obriga o Estado a destinar parte do superávit para reajustes – passa de 10% para 15% do ganho fiscal do Estado, conforme o projeto. Isso significa que, sempre que os cofres públicos registrarem lucro, uma verba maior será reservada exclusivamente para o aumento salarial de Brigada Militar, Polícia Civil, Susepe e Instituto-Geral de Perícias. No entanto, ainda que o governo feche o ano em déficit, o pacote de Yeda prevê para 2010 um montante de R$ 87 milhões para essa finalidade.

A mesma matriz salarial será instituída no magistério, caso a Assembleia aprove os projetos – 15% dos lucros seriam, anualmente, empregados na reposição salarial dos professores.

Um dos pontos que devem causar controvérsia é a imposição da meritocracia como forma de aumentar os salários. Segundo Bandeira, a ideia é que, a longo prazo, nenhum funcionário público receba bonificação por tempo de trabalho, mas apenas por resultados apresentados. Por enquanto, o governo prevê a criação de um 14º salário, que seria concedido apenas a servidores cujos órgãos em que trabalham cumprissem metas pré-estabelecidas. Esses objetivos seriam definidos por uma assembleia envolvendo órgãos gestores, servidores e representantes de entidades de classe.

Para dar impulso à meritocracia, o governo ainda incluiu uma nova carreira no Executivo, a de analista de políticas públicas, vinculada à Secretaria do Planejamento. São 150 vagas.

– Respeitamos todos os direitos adquiridos. Vai migrar para as carreiras quem quiser. Os novos servidores, claro, cumprem as novas normas – explicou Bandeira.


(Fonte: Zero Hora)
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