Conta salgada
05/11/2009
Com
os projetos aprovados ou em tramitação aumentando salários de quem está
no topo da pirâmide, não há mesmo como sobrar dinheiro para
brigadianos, policiais civis, professores ou técnicos-científicos. Leis
aprovadas desde o início do governo Yeda Crusius e que já estão em
vigor aumentaram os gastos com pessoal em cerca de R$ 388 milhões ao
ano. Os que tramitam na Assembleia somam mais R$ 75 milhões, de acordo
com cálculos do deputado Nelson Marchezan Jr. (PSDB), presidente da
Comissão de Finanças.
Esses números ajudam a entender por que a
folha de pagamento de ativos e inativos vem crescendo à base de R$ 1
bilhão por ano sem que o governo tenha dado aumento para as categorias
mais numerosas. O restante da diferença se explica pelo pagamento das
Leis Britto, pelo chamado crescimento vegetativo da folha e pela
nomeação de novos servidores.
Marchezan e o secretário do
Planejamento, Mateus Bandeira, estão empenhados em convencer os
deputados a não aprovarem novos projetos que aumentam gastos e
beneficiam apenas quem ganha mais. Bandeira diz que é constrangedor
negar reajuste para a maioria que ganha salários baixos e aprovar
aumento para quem está no andar de cima. E alerta para o risco da volta
do déficit se a Assembleia não puser um freio nas demandas das
corporações.
(Fonte: Rosane de Oliveira - Zero Hora)
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