Aperto nas contas
26/10/2009
No balanço que fará hoje do comportamento das finanças em outubro,
junto com o anúncio do calendário de pagamento do funcionalismo, o
secretário da Fazenda, Ricardo Englert, deixará claro que não há motivo
para pânico, mas a situação ainda é preocupante.
A arrecadação
de ICMS no ano já está cerca de R$ 700 milhões abaixo do previsto no
orçamento, o que dificulta a concessão de novos aumentos salariais. Na
outra ponta, as despesas com a folha de pagamento vêm crescendo acima
da previsão.
Além de o ICMS estar cerca de 5% abaixo do
previsto, os repasses da União tiveram queda de 20%. A situação só não
é mais complicada porque o crescimento da frota de veículos fez crescer
a arrecadação de IPVA.
Se faltar dinheiro para pagar o 13º
salário em dia, o governo será obrigado a recorrer ao caixa único ou
aos depósitos judiciais, duas hipóteses que pareciam arquivadas no
final do ano passado, quando o Estado atingiu o propalado déficit zero.
Desde 2007, o governo não usa recursos do caixa único para cobrir
rombos.
A ordem da governadora Yeda Crusius é preservar o
equilíbrio das contas, conquistado no ano passado. Para isso, os
técnicos da Fazenda e do Planejamento vêm apertando o torniquete nos
gastos, com o corte nas despesas e o adiamento de investimentos. Yeda
disse aos auxiliares que neste ano não quer superávit: basta que
receita e despesa empatem. No ano passado, o Estado teve um superávit
orçamentário de R$ 443 milhões, usado como uma espécie de colchão nos
primeiros meses deste ano, quando a crise reduziu a arrecadação.
(Fonte: Rosane de Oliveira - Zero Hora)
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