Arrecadação em queda ganha reforço
21/10/2009
Com
o pior resultado do ano na comparação com igual período de 2008, a
arrecadação do governo federal em setembro caiu 11,37%. Em fevereiro, a
queda de 11,13% em relação a fevereiro de 2008 havia sido considerada
pela Receita Federal como “fundo do poço”.
No mesmo dia em que
anunciou o tombo, o governo estimou que o ganho com a taxação de
Imposto sobre Operações Financeiras em aplicações estrangeiras vai
render R$ 4 bilhões extras ao ano.
Fatos atípicos foram
apontados pelo coordenador-geral de Estudos, Previsão e Análise da
Receita Federal, Raimundo Eloi de Carvalho, para justificar a piora do
desempenho no mês passado. Em setembro de 2008, os cofres públicos
foram reforçados em R$ 655 milhões com pagamentos de Imposto de Renda
da Pessoa Física sobre ganho de capital na venda de participações
acionárias. Carvalho lembra que a redução de impostos para combater a
crise custou R$ 2,2 bilhões em setembro deste ano.
Pela estimativa do coordenador, neste
mês a arrecadação vai crescer “muito”
em relação a setembro.
Jefferson
Rodrigues, coordenador de Estudos da Receita, informou que o cenário
mais provável feito pelo órgão para o resultado da taxação de 2% de IOF
sobre a entrada de capital estrangeiro em renda fixa e bolsa de valores
deve gerar alta na arrecadação de R$ 4 bilhões por ano. Segundo
Rodrigues, quatro cenários foram elaborados, com diferentes estimativas
de redução de entrada de capitais. Apenas um foi divulgado. Conforme o
subsecretário substituto de Contencioso e Tributação da Receita,
Fernando Mombelli, está prevista queda de ingresso de recursos em torno
de 20% em 12 meses.
(Fonte: Zero Hora)
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