RS quer novo modelo de distribuição de royalties
07/10/2009
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Yeda propõe em Brasília a ‘distribuição federativa dos recursos’
Crédito: JEFFERSON BERNARDES / PALÁCIO PIRATINI / CP
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Um
novo modelo de distribuição dos royalties do petróleo localizado na
camada pré-sal, contemplando todos os estados e municípios brasileiros,
foi defendido ontem no plenário 1 da Câmara dos Deputados, em Brasília.
A pauta reuniu a governadora do Estado, Yeda Crusius, o coordenador da
bancada federal do RS, deputado Beto Albuquerque, e o presidente da
Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, entre
outros interlocutores. Yeda propõe a distribuição federativa dos
recursos. O modelo atual prevê a repartição dos royalties entre apenas
os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo e 200
municípios.
Hoje, os royalties do petróleo são estimados em R$ 22 bilhões anuais,
observa o deputado Beto Albuquerque. Mas só o Rio de Janeiro recebe 70%
destes recursos. Já os futuros royalties do petróleo da faixa pré-sal
são calculados, inicialmente, em R$ 50 bilhões ao ano. Conforme Yeda,
os recursos do pré-sal 'são de todos os brasileiros. O futuro marco
regulatório do pré-sal será para as próximas gerações'. O RS, disse
ela, precisa se preparar para atuar na extração com recursos humanos e
materiais e, assim, desenhar uma política industrial.
Segundo o deputado Albuquerque, 'se o pré-sal é do Brasil, seus
resultados têm que ser de todos. O Rio Grande do Sul se reúne aqui na
Câmara para dizer que não quer continuar fora da distribuição'. O
trabalho da bancada e do governo é atuar na elaboração de emendas ao
modelo de distribuição para a repactuação dos royalties entre todos os
estados e municípios. Já há três projetos de emendas de deputados
gaúchos: Ibsen Pinheiro, Fernando Marroni e Henrique Fontana.
Em 2008, a União arrecadou R$ 22 bilhões em royalties do petróleo,
disse o presidente da CNM. Destes, R$ 6 bilhões foram para os
municípios, mas só a cidade de Campos (RJ) ficou com R$ 1 bilhão e
todos os municípios do RS ganharam R$ 105 milhões, 'um valor meramente
simbólico', afirma Ziulkoski. 'Não é possível aprovar um novo marco
regulatório que muda radicalmente a gestão do petróleo sem redefinir a
questão dos royalties', observou o secretário de Infraestrutura e
Logística, Daniel Andrade.
(Fonte: Correio do Povo)
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