Pedido de impeachment deve cair em duas semanas
07/10/2009
Enquanto aliados podem livrar governadora até o dia 20, Pavan arquivou ontem impedimento de FeijóO
processo de impeachment da governadora Yeda Crusius deve ser decidido
em até duas semanas. No caso do pedido de impedimento do
vice-governador Paulo Afonso Feijó, o processo nem vai tramitar: o
presidente da Assembleia, Ivar Pavan, arquivou-o ontem mesmo.
Com
maioria governista, a comissão que analisa o caso de Yeda deve aprovar
amanhã o relatório da deputada Zilá Breitenbach (PSDB), que defende o
arquivamento da denúncia. A previsão é de que no dia 20 o processo já
esteja engavetado.
É quando deve ocorrer a votação em plenário,
onde a base aliada novamente é majoritária. Relatora da comissão e
presidente estadual do PSDB, Zilá garante que o documento apresentado é
imparcial e diz que não há justa causa para o afastamento da
governadora (veja entrevista nesta página). Líder do governo na
Assembleia, o presidente Pedro Westphalen adota a mesma linha de
raciocínio:
– Pavan (deputado Ivar Pavan, do PT, que autorizou o andamento do processo de
impeachment) é isento para dar o parecer que
deu? Eu acredito que ele seja, sim. Nós também somos.
Descontente
com o texto de Zilá, a oposição se reuniu ontem para debater a
elaboração de um relatório paralelo, com o intuito de sustentar o
desgaste da governadora e, possivelmente, acionar o Ministério Público
(MP).
Pavan considera pedido contra Feijó inconsistente
Já
o pedido de impeachment contra Feijó, de autoria do deputado Coffy
Rodrigues (PSDB), foi arquivado por Pavan tendo como base o
engavetamento de processo semelhante pelo MP. Coffy havia alegado
improbidade administrativa em razão da existência de contratos para
prestação de serviço entre as empresas de Feijó e a Ulbra.
Pavan
considerou que não há consistência para acatar o pedido de impeachment.
“Não há demonstração que tenha procedido de modo incompatível com a
dignidade, a honra e o decoro do cargo. Também não há provas nos autos
para enquadrar as ações do vice-governador no crime contra a segurança
interna do país, como argumentado na petição inicial”, observa o
deputado na decisão.
(Fonte: Zero Hora)
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