Em uma sessão tensa, o líder do governo na Assembleia, deputado Pedro Westphale(PP), foi eleito ontem presidente da comissão especial que examinará o pedido de impeachment da governadora Yeda Crusius (PSDB). A relatora da comissão será a deputada Zilá Breitenbach (PSDB). Os nomes de Westphalee Zilá haviam sido definidos em reunião da base governista realizada durante a manhã.
Durante a sessão, que marcou a instalação da comissão, o deputado Ronaldo Zulke (PT) indicou Raul Pont (PT) para a presidência, mas os aliados tinham maioria. A comissão é formada por 17 deputados integrantes dos partidos da base do governo (PSDB, PP, PMDB, PTB e PPS) e 12 de oposição (PT, PDT, Dem, PSB e PC do B).
A oposição tentou, sem sucesso, ficar com a presidência ou a relatoria. Primeiro o deputado Pont propôs uma questão de ordem, invocando os artigos 58 da Constituição federal e 56 da Constituição estadual, solicitando que houvesse proporcionalidade na indicação dos dois nomes, mas não houve a concordância dos parlamentares que apoiam o governo.
Em seguida, Zulke solicitou a impugnação da candidatura de Westphale à presidência, com base no fato de o líder do governo ser também vice-presidente da Comissão Especial que avalia os Serviços das Estações Rodoviárias, já que o regimento impede o acúmulo de funções. Ao final, acatando sugestão de Fabiano Pereira (PT), Westphale renunciou à vice-presidência da Comissão das Estações Rodoviárias. No final da tarde, o presidente e a relatora da comissão especial que analisará o impeachment reuniram-se para tratar do encaminhamento dos trabalhos. Zilá tem dez dias para apresentar seu relatório.