Agenda de viagem
28/09/2009
Para tentar antecipar a liberação da segunda parcela do empréstimo
de US$ 1,1 bilhão do Banco Mundial, a governadora Yeda Crusius não
precisa ir aos Estados Unidos em outubro. Basta que o governo cumpra os
compromissos firmados com o banco na área da modernização da gestão e
prove que está em dia com as metas fiscais. O que justificaria a viagem
são contatos para tratar de investimentos e de cooperação na área da
infraestrutura.
Se Yeda pretende ter um encontro com a direção
do Banco Mundial para tratar do empréstimo, o mais provável é que seja
para justificar o atraso no cumprimento de pontos do acordo ou mesmo
para negociar o perdão de algum item que não conseguirá cumprir.
As
metas fiscais, garante o secretário da Fazenda, Ricardo Englert, estão
sendo atingidas mesmo com a queda na arrecadação. O problema são as
outras medidas que o governo não conseguiu adotar por falta de
condições políticas, como a instituição do IPE como gestor único da
previdência dos servidores, a aprovação da previdência complementar, a
entrega de serviços para organizações da sociedade civil, as Oscips, e
a aprovação de mudanças nas carreiras dos funcionários públicos. A
previdência é, de longe, o ponto mais problemático.
Até o final
de outubro devem ser encaminhadas à Assembleia propostas de alteração
nas carreiras de servidores. A ideia de uma mudança radical, como
queria a ex-secretária da Educação Mariza Abreu, foi abandonada diante
da certeza de que não passaria na Assembleia. O governo deve instituir
em lei a possibilidade de premiar os servidores de acordo com a
avaliação de desempenho, mas sem retirar dos atuais vantagens como a
promoção por tempo de serviço. Para facilitar a aprovação, as novas
regras só devem valer para os novos servidores e para os atuais que
fizerem a opção.
(Fonte: Rosane de Oliveira - Zero Hora)
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