Os parlamentares aprovaram por unanimidade, ontem à
tarde, a Comissão Especial que tratará da denúncia por crime de
responsabilidade contra a governadora Yeda Crusius. A Comissão tem 29
nomes indicados pelas bancadas, segundo a proporcionalidade de cada uma
no Parlamento. A decisão será publicada hoje no Diário Oficial. A
Comissão será instalada na próxima terça-feira, ao meio-dia, na sala da
presidência da Assembleia.
A sessão transcorreu sem sobressaltos. Apenas dois deputados do PT,
Elvino Bohn Gass e Marisa Formolo, subiram à tribuna para fazer a
defesa do impeachment. A base aliada, que terá maioria (17), contra 12
da oposição, não se manifestou. A disputa entre governistas e oposição
começará mesmo é com as indicações de presidente e relator da Comissão,
que deverão ser definidos na primeira reunião. Os governistas querem
contar com o deputado Alceu Moreira (PMDB) para presidir a comissão e o
deputado Adilson Troca (PSDB) para relator. Moreira já informou, no
entanto, que não deverá se candidatar à vaga porque é citado na
Operação Solidária.
A oposição vai apresentar os nomes dos deputados Raul Pont (PT) para a
presidência e Gilmar Sossela (PDT) para a relatoria. O PT pretende
evocar o regimento interno para afastar da disputa vários nomes da base
aliada. A argumentação é a de que quem ocupa cargos em comissões não
pode ter outras funções. O relator da Comissão Especial terá prazo de
dez dias para encaminhar parecer à Comissão.
Os deputados da Comissão
PT: Adão Villaverde, Fabiano Pereira, Marisa Formolo, Raul Pont e Ronaldo Zulke
PMDB: Alceu Moreira, Álvaro Boesio, Gilberto Capoani e Sandro Boka
PP: Jerônimo Goergen, João Fischer, Marco Peixoto, Pedro Westphalen e Silvana Covatti
PSDB: Adilson Troca, Paulo Brum, Pedro Pereira e Zilá Breitenbach
PDT: Adroaldo Loureiro, Gilmar Sossella e Paulo Azeredo
PTB: Abílio dos Santos, Aloisio Classmann e Luis Augusto Lara
Dem: Marquinho Lang e Paulo Borges
PPS: Carlos Gomes
PSB: Miki Breier
PC do B: Raul Carrion
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