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Poderes discutem publicação de salários de funcionários

18/09/2009

Os representantes dos Três Poderes debateram a transparência nas contas públicas, na reunião da Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa, nesta quinta-feira pela manhã. A audiência pública esquentou com a discussão sobre o nível de detalhamento que seria dado à divulgação das despesas com pessoal no portal Transparência RS, que disponibiliza os dados sobre receitas e despesas do Executivo, Legislativo, Judiciário, Tribunal de Contas do Estado (TCE) e Ministério Público (MP).

Hoje as despesas com pessoal não constam no portal, lançado há um mês, porque ainda não há consenso entre os Poderes sobre o detalhamento dessas informações. O MP aponta uma resolução do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), que veda a divulgação do nome do servidor e o respectivo vencimento.

“O MP deverá preservar os dados referentes aos gastos com servidores protegidos pela inviolabilidade e pelo sigilo das informações de caráter pessoal, incluindo dados relativos à folha de pagamento”, relatou a diretora-geral do MP, Janete Menezes Fagundes, com base no texto da resolução do CNMP.

O diretor-geral do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS), Omar Jacques Amorim, já divulga no site do TJ-RS a lista de servidores, com data de ingresso, lotação, cargo e tabela remuneratória. No entanto, não há a vinculação nominal do servidor com a remuneração recebida.

O presidente da Comissão de Finanças, deputado Nelson Marchezan Jr. (PSDB), criticou o fato de não serem informadas as recomposições por conta da URV, que, segundo ele, já somam R$ 2 bilhões ao longo dos últimos anos. “Então, transparência é transparência, não é meia transparência. Ou é ou não é. Ou se publicam os números e se é transparente, ou não se publicam os números”, reagiu.

Marchezan é autor de um projeto que determina a publicação, na internet, dos cargos efetivos e em comissão, funções gratificadas e empregos celetistas, em todos os Poderes, com as respectivas remunerações individualizadas, inclusive a dos mandatos eletivos, bem como dos inativos e pensionistas.

O projeto prevê a preservação dos nomes dos servidores, mas permite a identificação de distorções na remuneração de funcionários públicos que ao longo dos anos incorporaram - por força de lei - vantagens e benefícios. Em função disso, alguns recebem supersalários, que superam o teto aplicado no Executivo e Legislativo, de R$ 22.111,25, e no Judiciário, MP e TCE, de R$ 24,5 mil. A matéria, aprovada por unanimidade na Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia, está na ordem do dia para votação em plenário.

O superintendente Administrativo e Financeiro da Assembleia, Marcelo Cardona, afirma que os Poderes e órgãos que integram o portal Transparência RS estão “discutindo a evolução” na disponibilização das informações ao cidadão. A interpretação distinta dos órgãos e Poderes sobre o nível de detalhamento que deve ser divulgado acaba impedindo que o portal Transparência RS ofereça alguns dados, como as despesas de pessoal.

Enquanto não há acordo, o cidadão pode acessar os dados de pessoal que são oferecidos pelo TJ-RS e TCE, nos respectivos sites. O Executivo, a Assembleia e o MP estudam a possibilidade de liberar a publicação da relação nominal dos servidores e separadamente, sem fazer a identificação do indivíduo, uma tabela com os cargos e as respectivas remunerações acrescidas das progressões na carreira, como triênios e outros adicionais. “Talvez isso vire um dos elementos do portal Transparência RS”, projetou Cardona.

O contador e auditor-geral do Estado, Roberval da Silveira Marques, responsável pela viabilização do portal Transparência, destacou a importância do controle social sobre a gestão pública. “Estamos em constante aperfeiçoamento, o processo de transparência está sendo amadurecido”, avaliou. A média de acessos ao site www.transparencia.rs.gov.br tem sido de 500 a 600 por dia.

O diretor-administrativo da Defensoria Pública, Flávio Fulginitti, solicitou que a Defensoria, assim como os demais órgãos, apareça na página inicial do portal. O secretário da Transparência, Francisco Luçardo, garantiu que a alteração já está sendo providenciada.

Legislativos são pouco transparentes e não prestam contas, diz ONG

Estudo da ONG Transparência Brasil demonstra que as Assembleias Legislativas são poucos transparentes sobre os gastos dos deputados estaduais e que, quando questionadas, não respondem.

A ONG chegou a essa conclusão depois de enviar ofícios para as Casas Legislativas, Tribunais de Contas e Ministérios Públicos de todos os Estados e do Distrito Federal, solicitando informações a respeito dos salários e benefícios diretos e indiretos recebidos pelos deputados.
Segundo a entidade, dois meses após o envio dos ofícios, apenas 33 dos 81 órgãos consultados responderam às solicitações.

A ONG conseguiu dados suficientes para avaliar somente oito Casas Legislativas. Em consulta nas páginas das Assembleias na internet, obteve informações sobre outras duas.

A organização ressalta no estudo que o “descontrole” é “agravado” pelo desconhecimento da sociedade sobre o que acontece nas Assembleias.

“Sem prestação de contas, sem transparência, sem o controle horizontal - que deveria ser efetuado por outros órgãos públicos, como o Tribunal de Contas do Estado - e sem o controle vertical - que deveria ser efetuado pelo eleitor, o qual não tem condições de realizá-lo pela falta de informações -, resta imaginar o que os integrantes da maioria das Assembleias Legislativas fazem com o dinheiro que manipulam”, aponta a ONG.

As Assembleias que responderam “satisfatoriamente” foram Bahia, Ceará, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Santa Catarina. No Distrito Federal, a entidade conseguiu informações por meio do Tribunal de Contas.

Pelos dados fornecidos, a ONG ressalta no estudo que cada deputado tem direito a quase R$ 100 mil para pagar assessores na Câmara Legislativa do Distrito Federal. Na Assembleia do Rio, cada parlamentar pode gastar até R$ 3 mil com telefone e R$ 2 mil com combustível.

Na Assembleia do Rio Grande do Norte, a verba indenizatória, uma espécie de ajuda de custo recebida por cada parlamentar, é de R$ 24 mil ao mês. No Congresso Nacional, deputados e senadores recebem R$ 15 mil de verba indenizatória.



(Fonte: Jornal do Comércio)

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