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Aval para o impeachment

11/09/2009
Com a decisão do presidente da Assembleia, o pedido de afastamento de Yeda Crusius será apreciado pelo plenário

Cercado por sindicalistas, políticos de oposição e câmeras de TV, o presidente da Assembleia Legislativa, Ivar Pavan (PT), anunciou seu aval para a tramitação do processo de impeachment contra a governadora Yeda Crusius. A medida, inédita no parlamento gaúcho, acirrou o confronto político no Estado.

Como o governo tem a maioria dos deputados, dificilmente o impeachment irá prosperar na Assembleia. A decisão de Pavan, no entanto, significa mais desgaste para Yeda, que desde o ano passado vem enfrentando suspeitas de corrupção em seu governo. Um dos próximos passos será a leitura integral das acusações que pesam contra a governadora, no plenário do Legislativo, na sessão de terça-feira, quando se inicia o longo rito que resultará no arquivamento do impeachment ou na perda de mandato de Yeda.

Em anúncio transmitido pela TV Assembleia, Pavan disse ter tomado a decisão a partir de uma análise de 26 situações que ligariam a governadora ao esquema de desvio de R$ 44 milhões do Detran. Autos dos processos que tramitam na Justiça Federal em Santa Maria foram analisados pelo presidente por quase uma semana.

Ontem, o petista confirmou a posição aguardada por correligionários que gritaram “Fora Yeda” em coro.

Uma das manifestantes que gritavam no gabinete de Pavan era a presidente do Cpers, Rejane de Oliveira. A professora foi a principal responsável pelo protesto em frente à casa de Yeda que acabou levando à prisão Rejane e a vereadora Fernanda Melchionna (PSOL), entre outros manifestantes. Rejane é uma das servidoras que assinou o pedido de impeachment.

– Não sou nem líder da oposição nem líder do governo. As decisões são do presidente e não deste ou daquele partido – dizia Pavan a quem indagava sobre o peso do PT na decisão.

Apesar de negar a influência do partido, o petista era pressionado publicamente por colegas como Raul Pont (PT), que não admitiam o arquivamento do caso. Antes mesmo de anunciar sua decisão, Pavan disse que estava preparado para receber críticas, porque sua posição desagradaria a alguém. Se engavetasse o pedido, o petista daria um atestado de inocência a ser explorado pela governadora, como ela faz até hoje com o arquivamento, pelo Ministério Público Estadual, da investigação sobre a compra de sua casa. Outra consequência de uma eventual decisão favorável a Yeda seria o racha interno. Os petistas consideravam incoerente manter a CPI da Corrupção, com o discurso de que Yeda está envolvida, e o presidente do Legislativo dizer que não encontrou indícios de crime de responsabilidade.

Mesmo previsível, a medida irritou governistas durante a reunião do secretariado na qual Yeda discutia a proposta de orçamento para 2010, com previsão de investimentos em torno de R$ 1,5 bilhão. O anúncio de Pavan no dia em que o Executivo daria a boa notícia foi encarado como uma estratégia de ataque eleitoral.

Nos últimos dias, aliados chegaram a conversar com Pavan dizendo que apostavam numa “postura responsável”. Havia a esperança pelo arquivamento porque o petista ascendeu à presidência em razão de acordo com partidos da base aliada.

Indignados com a decisão, governistas afirmavam que uma tradição de sepultamento de pedidos de impeachment havia sido rompida, e que isso gerará desconfiança sobre gestões do PT, que preside a Assembleia pela primeira vez. Nos corredores do Legislativo, muitos lembravam que a oposição detinha maioria – mais de 40 dos 55 deputados – no governo Olívio Dutra (1999-2002) e não levou pedidos de impedimento ao plenário.

– Lamento a atitude pessoal e midiática do presidente. A reação será muito forte. É a antecipação das eleições – disse o líder do governo, Pedro Westphalen (PP).

O discurso governista hoje é de que a juíza federal Simone Barbisan Fortes não afastou a governadora nem decretou a indisponibilidade de seus bens ao analisar a ação civil pública de improbidade do Ministério Público Federal (MPF). O material do MPF fundamentou a decisão de Pavan.

– Seria prudente aguardar um desfecho pela Justiça. A nossa preocupação é que isso vai ter uma repercussão nacional e internacional, gerando incertezas em investidores – relatou o chefe da Casa Civil, Otomar Vivian.

(Fonte: Zero Hora)

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