Chefe assume com desafio de pacificar Receita no RS
28/08/2009
No primeiro dia como superintendente, Paulo Renato Paz conseguiu reverter algumas demissões No
dia em que assumiu como superintendente da Receita Federal no Estado,
Paulo Renato Paz adotou ontem um discurso conciliador para tentar
reverter o clima de descontentamento que domina o Fisco.
Com a
saída da secretária do órgão em Brasília Lina Vieira, em julho, seguida
da exoneração de aliados dela esta semana, 15 servidores de carreira
gaúchos pediram para deixar suas funções de chefia.
Indicado
pelo novo secretário Otacílio Cartaxo, Paz dedicou boa parte de seu
primeiro dia a reuniões com delegados e chefes de divisão. No final da
tarde, conseguiu convencer pelo menos nove funcionários demissionários
a permanecerem, ainda que provisoriamente, nos seus cargos.
Segundo
Paz, outros seis mantiveram a exoneração em razão de vínculos pessoais
com o antecessor dele, Dão Real Pereira dos Santos, que se demitiu na
segunda-feira em meio à onda nacional de protestos da categoria
deflagrada pela demissão de Lina. Ontem à tarde, Santos evitou comentar
o assunto com jornalistas.
– Não há rebelião. Todas as pessoas
que saíram são muito próximas do antigo superintendente. As nossas
unidades estão funcionando. Não me parece haver uma crise. Temos de
trabalhar para retomar essa normalidade – afirmou Paz.
Mudança de diretrizes divide corporação no Estado
A
mudança no comando da Receita gaúcha tumultuou a rotina ontem. Nos
bastidores, técnicos comentam que houve uma intervenção federal no
órgão. Com a chegada do novo titular, houve baixa até mesmo na
assessoria de imprensa. Servidores não sabiam informar dados pessoais e
funcionais de Paz.
Um dos demissionários, o auditor fiscal
Marcelo Ramos Oliveira, deixou o posto de superintendente adjunto.
Segundo Oliveira, o desconforto não é só em razão da substituição de
Lina. Na avaliação do técnico, o projeto de fiscalizar os grandes
contribuintes, integrar os Fiscos municipais, estadual e federal e a
área previdenciária não têm a mesma prioridade de antes.
– Há um
sentimento geral de tristeza. É uma frustração. Quando defendemos a
proposta da ex-secretária Lina, ficamos muito marcados por ter feito
essa defesa. Não tenho nada contra as ideias do atual secretário, mas a
forma de atuação é que não condiz – avaliou o auditor.
(Fonte: Zero Hora)
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