Semana decisiva na Assembléia
17/08/2009
As atenções do cenário político gaúcho estarão voltadas esta semana
para a Assembleia. Nos próximos seis dias, serão conhecidos os
desfechos sobre a CPI da Corrupção e os pedidos de impeachment
apresentados contra a governadora Yeda Crusius e contra o vice Paulo
Feijó. No caso da CPI, estão na dependência dos aliados as indicações
dos integrantes da Comissão, e a possibilidade de manobras baseadas no
regimento interno, como não apresentar os nomes visando ao adiamento da
instalação da CPI, não terá resultados. O presidente da Casa, Ivar
Pavan, já avisou que no fim do prazo para concluir a composição,
sexta-feira, irá se utilizar da prerrogativa de indicar os membros da
Comissão se os partidos não o fizerem. Outra tática, desta vez da
oposição, que tenta diminuir a vantagem do governo, de oito a quatro,
também não deverá emplacar. São mínimas as chances de a
procuradoria-geral da Casa sugerir a Pavan que avalize as
reivindicações, feitas por meio de requerimento, de mais uma cadeira
para o PDT e para que o PC do B tenha o direito de indicar
representante às investigações parlamentares.
ESTRATÉGIA ARRISCADA
Os adversários do governo devem reavaliar a ameaça de ir à Jutiça caso
não seja atendido na Assembleia o requerimento que busca garantir mais
representantes da oposição na CPI. Se levarem a manobra adiante,
poderão se tornar responsáveis pelo adiamento na instalação da
Comissão.
CAUTELA TOTAL
Disposto a evitar novas polêmicas, Pavan só irá se posicionar sobre os
pedidos de impeachment de Yeda e Feijó após dois movimentos. O acesso
ao conteúdo dos 30 volumes anexados à ação do MPF, que estão sob
sigilo, e à integra da decisão do MPE, que arquivou denúncia de Coffy
Rodrigues contra Feijó.
(Fonte: Taline Oppitz/Correio do Povo)
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