ÁREA RESTRITA    
Login    Senha   
Página Incial
Técnicos Tributários participam de assembleia conjunta dos servidores públicos
Em coletiva de imprensa, Afocefe apresenta proposta para Estado superar acrise
Afocefe apresenta ao presidente da Assembleia Legislativa estudo que aponta saída para crise
NEWSLETTER
Assine a newsletter do AFOCEFE Sindicato e receba notícias por
e-mail:
Nome:
E-mail:
Notícias

O ser economista, uma experiência, por Yeda Crusius*

13/08/2009

Hoje é o Dia do Economista, e estamos em 2009. Nos anos 60, fui apresentada ao que era Economia através de livros de um colega mais velho do Tribunal de Contas que percebeu a propensão e a curiosidade sobre o porquê das desigualdades do mundo naquela jovem que ali trabalhava, ainda menor de idade. Compreendi que esse conhecimento e essa profissão me forneceriam uma lente apropriada para entender e participar do processo de intensa transformação da economia e da sociedade brasileiras em curso naquela década.

Logo ali em frente, com a mudança administrativa, desenhava-se o Brasil como um país que, entre outras consistentes mudanças, começava a possuir um Banco Central, uma estrutura tributária que separasse as funções federativas, uma opção pelo planejamento como instrumento vital de escolha e realização de prioridades, através da construção dos orçamentos públicos. Para que tudo isso fosse acontecendo, é claro, demorou. E muito. Nessas quatro décadas, o exercício pleno da nossa profissão, a teoria e a prática do ser economista, o diálogo com as diferentes teses e opiniões, guiaram meus passos como professora da UFRGS, como participante ativa da Associação dos Centros do Pós-Graduação em Economia do país, deputada federal, consultora, participante da “universidade livre” que era o das palestras e cursos para grupos não universitários, comentarista para os veículos de comunicação das coisas da economia e, já, da política, e, agora, como governadora do nosso Estado.

A Economia influenciou muito, tanto a mim quanto a nossa equipe do plano de governo, muitos dos quais também economistas. Preciso, aliás, fazer esse reconhecimento público a tantos colegas pela contribuição que deram no sentido de equacionar e resolver o primeiro e principal problema das finanças públicas estaduais – o desajuste fiscal – e, em consequência, para o problema da incapacidade de investir em mais e melhores serviços aos cidadãos do nosso Estado. A duras penas, mas seguros de que era possível – contra todas as perspectivas que não a confiança e a vontade popular – conseguimos solucionar, em 2008, o déficit crônico das finanças públicas gaúchas.

Através do duplo planejamento, em 2009, apesar da crise financeira e econômica global, já estaremos investindo cerca de 7,5% da receita corrente líquida do Estado. Isto significa, na prática, investimentos em segurança pública, educação, saúde, contratos de gestão que garantem modernidade, transparência e eficiência no uso do dinheiro público. É a redução das mensalidades da dívida pública, graças ao empréstimo e à confiança plena do Banco Mundial.

Como economistas, com decisão política, mostramos que era possível, mas falta muito, muito mais. Nunca é fácil, já que a disputa pelo poder muitas vezes coloca em segundo plano a solução dos problemas. E fazer politicamente com a racionalidade do ser economista é a paixão que nos move e comove. Feliz dia do economista para todos nós.

*Governadora do Estado, economista


(Fonte: Editorial Zero Hora)

VOLTAR
Print

Em construção

Rua dos Andradas, 1234, 21º andar - Porto Alegre/RS - CEP 90.020-008
Fone: (51) 3021.2600 - e-mail: afocefe@afocefe.org.br