A CPI que investigará as denúncias de corrupção no
Estado ainda não foi instalada na Assembleia, mas as disputas já
começaram. As bancadas de oposição têm pressa, mas os partidos aliados
ao governo, mesmo com maioria garantida na comissão, querem adiar a sua
instalação. A bancada do PSDB, partido da governadora, e a do PPS, vão
tentar impedir que a CPI se concretize em reunião com a Procuradoria e
com a presidência da Casa. Ameaçam recorrer também à Justiça.
O retorno de Berfran Rosado (PPS), que segundo fonte do PSDB é 'o mais
preparado para enfrentar a oposição', faz parte da estratégia de
fortalecer a base aliada. Ontem, ele fez críticas à CPI afirmando que
'falta consistência ao requerimento'. Caso seja instalada, Adilson
Troca e Coffy Rodrigues representarão os tucanos na comissão.
As provocações de Berfran não ficaram sem resposta. A deputada Stela
Farias (PT), que pretende presidir a CPI, contra-atacou: 'Isto é
argumento de quem está desesperado'. Daniel Bordignon será o outro
representante do PT.
No PMDB, que está mais lento no processo, a decisão foi adiada para
amanhã, em reunião com lideranças nacionais. O partido deve indicar
Gilberto Capoani. 'Se esta CPI for mais organizada, eu entro', adianta.
O PDT, que teria direito a uma vaga, vai pleitear duas, para Paulo
Azeredo e Gilmar Sossela.
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ALEXANDRE MENDEZ |
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Deputados ainda discutem implantação da CPI, ms partidos começam a indicar nomes
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