O vice-governador gaúcho, Paulo Afonso Feijó (Dem),
disse ontem estar consternado, mas não surpreso, com o teor da ação
ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF) contra a governadora
Yeda Crusius. Desde que tomaram posse, em 1º de janeiro de 2007, Feijó
e Yeda tem se desentendido publicamente, ao ponto de a governadora
evitar se afastar do governo por períodos prolongados que justifiquem a
transmissão do cargo ao vice.
De acordo com Feijó, ele se considera preparado para a possibilidade de
ter que vir a assumir o governo do Estado caso a Yeda seja afastada. O
vice-governador declarou que ainda é cedo para responder a esse
questionamento. 'Precisamos aguardar a posição da juíza (Simone
Barbisan Fortes, da 3ª Vara da Justiça Federal de Santa Maria)',
assinalou.
Apesar de reiterar que não queria se manifestar sobre o assunto,
posição que tem adotado nos últimos meses, nos quais tem evitado
polemizar com Yeda ou com outros integrantes do governo, o
vice-governador destacou que 'sempre confiou nas instituições'.
Ele afirmou que permanecerá em Porto Alegre para qualquer
eventualidade. Feijó disse que ontem despachou normalmente. Segundo o
vice, ele não foi convidado e não participou de qualquer reunião no
âmbito do Executivo para discutir as providências que serão adotadas
pelo governo depois do anúncio da ação contra Yeda.
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ROBERTO VINICIUS / CP MEMÓRIA |
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Paulo Feijó
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