Ação busca também bloqueio de bens e envolve mais oito. A CPI já está garantida
O Ministério Público Federal pediu, ontem, o afastamento da governadora
Yeda Crusius e de mais oito assessores de governo e parlamentares, até
que seja concluído processo de improbidade administrativa ajuizado na
3ª Vara da Justiça Federal de Santa Maria. Constam dos principais
pedidos da ação do MPF, que investiga há quase um ano a fraude no
Detran do RS, a saída definitiva do cargo da governadora e dos outros
acusados. E, ainda, a perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente
ao patrimônio dos réus; ressarcimento integral do dano ao Erário e
suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos, além de multas. Ao
fazer o anúncio da ação, o procurador Adriano Raldi garantiu 'que não
haverá moleza para esses réus, assim como não há para qualquer outro
acusado'.
O MPF também pede decretação de indisponibilidade dos bens dos nove réus, com
objetivo de 'ressarcir o Erário'. Solicita, ainda, quebra do sigilo do conteúdo
da ação de improbidade administrativa que, em suas 1.236 páginas, comprovaria
envolvimento dos acusados. O governo do Estado divulgou nota ontem se declarando
'estarrecido' com as denúncias formuladas pelo MPF. Ontem, mais dois deputados
do PDT assinaram requerimento, garantindo CPI na Assembleia Legislativa.