De olho em 2010
03/08/2009
O polêmico projeto que propõe a implantação do Regime de Previdência
Complementar para os servidores públicos estaduais (projeto de lei
393/2007), deverá ser o único tema a rivalizar a partir de hoje, quando
a Assembleia volta do recesso, com a atenção às eleições do ano que vem
e a crise permanente no governo do Estado. E a menos que a governadora
Yeda Crusius envie logo os controversos projetos de mudanças nas
carreiras dos servidores públicos estaduais, a organização partidária,
a definição de alianças e as candidaturas próprias tomarão conta do
debate parlamentar na agenda dos deputados estaduais. No primeiro
semestre já foi assim. À exceção da crise no governo Yeda, nenhum outro
tema de relevância teve a capacidade de interessar aos parlamentares e
de empolgar os deputados que foram à tribuna. Bem que o presidente da
Casa, deputado Ivar Pavan, tentou. Ele propôs o fortalecimento do
Legislativo por meio da criação de uma agenda política, onde se
discutisse temas relevantes para a sociedade. Mas a proposta não passou
e, agora, faltando um ano e quatro meses para o pleito, o principal
tema serão mesmo as eleições de 2010.
NO ESCURO
A reunião do Conselho Político, no final da tarde de hoje, deve servir
mais para um encontro de lideranças, que não se vê desde o início do
recesso, do que para a tomada de posição sobre algum tema polêmico. A
grande maioria dos aliados desconhece a pauta da reunião e o que será
proposto pela governadora Yeda Crusius, que se isolou primeiro em São
Paulo e depois em Canela, na serra gaúcha, despachando processos e
dialogando apenas com alguns assessores mais próximos. Os presidentes
dos partidos e lideranças seguirão para o encontro sem qualquer
informação adicional sobre o que será tratado.
(Fonte: Taline Oppitz/Correio do Povo)
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